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‘Belém do Pará não serve pra nada’, diz fundador do MBL sobre realização da COP 30

Renan Santos, do Movimento Brasil Livre, chamou Belém de “grande favelão” ao criticar a escolha da cidade para sediar a COP 30; afirmações causaram polêmica nas redes sociais

O empresário e ativista político Renan Santos, um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), gerou uma onda de críticas e indignação ao declarar publicamente que “Belém do Pará não serve pra nada” e que a capital paraense é “um grande favelão”. A fala foi feita durante a gravação de um podcast, onde Santos questionava a escolha de Belém como sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, prevista para ocorrer em novembro de 2025.

O vídeo com as declarações rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais, sendo compartilhado por páginas e perfis tanto do Pará quanto do Amazonas. As falas ofensivas causaram revolta entre moradores de Belém, que classificaram as declarações como preconceituosas, desrespeitosas e desinformadas. O conteúdo também reacendeu uma rivalidade histórica entre as capitais de Belém e Manaus, pois o vídeo foi compartilhado por páginas do estado vizinho, que aproveitaram para questionar protagonismo regional e o papel de cada cidade na Amazônia brasileira.

Durante o podcast, Renan Santos afirmou que o estado do Pará deveria priorizar investimentos em saneamento básico ao invés de sediar uma conferência internacional. “A cidade não tem estrutura, não tem hotel, não tem saneamento. Que COP é essa no meio do mato?”, declarou, minimizando o potencial de Belém e desconsiderando os esforços logísticos, estruturais e ambientais que estão sendo realizados em preparação ao evento.

A COP 30 reunirá mais de 190 países, com expectativa de atrair mais de 50 mil visitantes, entre chefes de Estado, cientistas, organizações da sociedade civil e ambientalistas. A cidade de Belém está passando por transformações estruturais para sediar o evento, incluindo melhorias na mobilidade urbana, ampliação da rede hoteleira, saneamento e modernização de equipamentos públicos. A capital paraense já recebeu apoio institucional de entidades internacionais e tem sido elogiada por seu protagonismo ambiental.

O comentário do fundador do MBL também acirrou os ânimos entre manauaras e belenenses, alimentando uma rivalidade histórica entre as duas capitais da Amazônia. Apesar disso, muitos internautas destacaram a necessidade de união entre os estados da região para garantir políticas públicas eficazes e sustentáveis, rejeitando qualquer tentativa de criar divisões e comparações destrutivas.

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