Bebida amazônica desenvolvida no PCT Guamá impulsiona renda em comunidades da agricultura familiar
Uma iniciativa inovadora está transformando a produção de mel por abelhas sem ferrão em uma fonte de renda significativa para cerca de 300 comunidades da agricultura familiar em diferentes municípios paraenses. Liderada pela engenheira de produção Ana Lídia Zoni, vinculada à Embrapa Amazônia Oriental, essa iniciativa resultou na criação de uma versão 100% amazônica do hidromel, a bebida alcoólica mais antiga do mundo, utilizando o mel produzido pelas abelhas.
O projeto, incubado no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá (PCT Guamá), começou há seis anos e atualmente produz cerca de cinco mil litros de hidromel por ano, com planos de expandir para 25 mil litros até o final de 2024. Essa produção envolve o apoio de milhares de pessoas da agricultura familiar, que obtêm renda através da coleta de mel e participam de um processo sustentável e lucrativo.
Ana Lídia destaca o impacto positivo dessa iniciativa: “Vi uma lacuna de mercado e decidi comprar esse mel e transformá-lo em hidromel. Estamos não apenas preservando o meio ambiente, mas também multiplicando-o. As abelhas são responsáveis por 85% de toda a base de cadeia vegetal do mundo, então por que não apoiar um negócio desse? A produção de mel beneficia não apenas o meio ambiente, mas também a economia local, garantindo um produto de qualidade e valorizando os insumos amazônicos”.
Além disso, Ana Lídia ressalta o potencial de descobertas futuras e encoraja mais pesquisas nessa área, especialmente em preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, em Belém: “Estamos vivendo esse cenário favorável por causa da COP 30, então é hora de se preparar porque temos muita coisa boa. Para quem tem curiosidade, tem expertise e quer desenvolver um produto, esse é o momento”.
