Assessor de prefeito tem áudio vazado com lista de “jurados de morte” em Capitão Poço 

O estado do Pará vive um momento ímpar em sua história no qual, eventos internacionais como a Cop 30, destacam nossa cultura, culinária e belezas naturais.

Mas infelizmente muitos desafios o estado ainda precisa enfrentar para alcançar a qualidade de vida dos estados do sul e Sudeste. Um deles é sem dúvida é o combate a violência. Algumas localidades do Pará não há qualquer constrangimento em anunciar aos quatro cantos atos de violência, na maioria das vezes em retaliação de opositores ao coronelismo de alguns grupos políticos. 

Terra sem lei:

Em Capitão Poço, no nordeste do Pará, um suposto “assessor” da Prefeitura, conforme se apresenta, divulgou um áudio ameaçador em um aplicativo de mensagens, dirigido a adversários de políticos vinculados ao seu grupo.

Tribina, como é popularmente conhecido, é um folclórico locutor de carro som, que percorre as ruas da cidade divulgando pequenos anúncios.

No áudio por ele divulgado, há mensagens inequívocas relacionadas a pelo menos dois opositores: André Ciclo, do grupo da Deputada Diana Belo, e o outro, possivelmente Nenê Belo, irmão de Raimundo Belo.

O locutor afirma categoricamente: “Não chegarão a passar o ano”, deixando claro uma ordem para deixarem a cidade, assim como nos filmes de Faroeste. Ele conclui com a ameaça enfática de que “o pagamento deles está chegando”.

Navalhada: 

Em 2020, o assassinato do ativista político e policial aposentado, Agnaldo de Assis Andrade, mais conhecido como Navalhada, que foi morto a tiros dentro de sua própria casa, chocou a cidade de Capitão Poço.

O crime, que fortemente sugere motivação política, devido às denúncias de irregularidades e crimes eleitorais feitas por Navalhada, bem como às ameaças frequentes que ele enfrentava, permanece impune até hoje, com os responsáveis e seus mandantes ainda desconhecidos.

Clique no play para escutar o áudio.