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Farinha de Bragança é declarada patrimônio imaterial do estado do Pará

Bragança (PA) – Reconhecer os aspectos culturais que sustentam a memória do povo paraense é um exercício de cidadania que tem como pilar para que a democratização da cultural regional seja realizada. Por este motivo, na última quinta-feira, 28, foi declarada, no Diário Oficial do Estado do Pará (DOE), a Farinha de Bragança e o distrito de Alter do Chão, em Santarém, como patrimônios culturais de caráter imaterial do Pará, por meio das leis nº 9.541 e nº 9.543.

As ações promovidas no munícipio de Bragança refletiram resultados positivos na asseguração da produção de farinha por agricultores locais. Vista como principal sustento das famílias bragantinas, a Farinha de Bragança é um dos produtos de maior comercialização e de geração de renda na região, necessitando de amparo para os processos de torração à lenha até a chegada ao consumidor.

Culinária – Como parte do patrimônio e tradição regional, é fundamental que a culinária local também seja valorizada do mesmo modo que as demais manifestações culturais existentes no Pará, destaca o titular da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Bruno Chagas. “A culinária faz parte da identidade do povo do Pará e nós não poderíamos deixar de destacar a importância da farinha de Bragança como parte desse processo histórico da culinária paraense. Uma tradição que remete a origem do povo da Amazônia”, afirma.

Os investimentos do Governo do Estado, com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), na região bragantina auxiliaram a suprir a agricultura familiar com o incentivo à sustentabilidade, através da criação da Unidade de Experimentação (U.E.) Roça de Lenha, localizada na comunidade Montenegro, cujo intuito principal se concentrou em conscientizar os produtores sobre os processos de como controlar a degradação ambiental através da plantação de espécies de madeira. O projeto contribuiu para que a farinha bragantina fosse reconhecida com o selo de Indicação Geográfica (IG), concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), em 2021, vista como boa reputação e qualidade produtiva.

Além desses recursos, foram entregues utensílios agrícolas para impulsionar a produção familiar. Com aproximação técnica da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), articulações também foram efetivadas com o propósito de desenvolver uma unidade demonstrativa que potencialize a produção tradicional da farinha.

Fonte: Agência Pará

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