Veja porque o álcool em gel vendido atualmente está pegajoso e grudento
Você anda sentindo que o álcool em gel está um pouco mais pegajoso e melequento depois do surgimento da pandemia do novo coronavírus? No começo do surto mundial da doença, o higienizador de mãos acabou sendo produzido em larga escala para suprir o aumento da demanda mundialmente, mas um dos seus componentes básicos, o carbopol, ficou escasso, obrigando produtoras ao redor de todo o mundo a substituírem essa substância – o que deixou o álcool em gel mais grudento.
Carbopol – Desde abril, o produto está em falta mundialmente e logo o governo brasileiro autorizou as indústrias a substituírem os seus componentes para manter a efetividade do etanol. Sem o carbopol ou substitutos, o álcool evaporaria e não seria capaz de eliminar o coronavírus, sendo ineficaz para nos proteger da Covid-19.
“A China é detentora da maior produção, apesar de a maior indústria de carbopol ficar na França. Mas é a China que detém o monopólio da fabricação. Esse produto está em falta no mundo inteiro. É um produto que custava de R$ 12 a R$ 25 o quilo. Agora, está saindo da China a R$ 180 o quilo, em média, fora as taxas de importação. E, no Brasil, quem ainda tem estoque, está vendendo por até R$ 1 mil o quilo”, explica Leonardo Leiser, um empresário do ramo da química no Rio Grande do Sul.
As substituições que foram encontradas para o carbopol são as que deixam a mão mais grudenta e criam uma ‘película’ que tem incomodado muita gente nas redes sociais.
Leonardo Bezerra, empresário do ramo de bioquímica do Rio Grande Norte, afirmou que “hoje não estamos mais vendendo álcool em gel, está mais para um sabonete líquido de álcool”.
É normal – Por isso, se sua mão ficar um pouquinho grudenta depois de passar aquele álcool em gel que comprou no mercado, não se assuste: é normal e, em breve, o carbopol voltará à composição do higienizador de mãos.
Fonte: Hypeness