Tutora paraense acusa transportadora pela morte de cães em viagem para Santa Catarina
Animais partiram do Pará com destino a Santa Catarina; transportadora afirma que cães estavam doentes

Uma transportadora de animais está sendo investigada após a morte de três cães durante uma viagem terrestre de Belém (PA) para Palhoça (SC). A família dos animais acusa a empresa de negligência e busca esclarecimentos.
Os tutores investiram R$ 10 mil no transporte dos cães de grande porte, esperando segurança e cuidado. No entanto, receberam a notícia da morte dos animais antes mesmo da chegada ao destino final. Segundo informações fornecidas pela empresa, o primeiro cachorro faleceu na Bahia, enquanto os outros dois morreram em Minas Gerais.
Os proprietários dos animais afirmam que eles estavam com as vacinas em dia e passaram por exames veterinários antes do embarque, cumprindo todas as exigências da transportadora. “Ficamos devastados e em choque. Eram três cães muito amados e bem cuidados. Queremos justiça”, declarou Gabriela Carvalho, uma das tutoras.
A transportadora, por sua vez, nega qualquer responsabilidade pelo ocorrido e alega que os cães já estavam doentes antes do início da viagem. Os animais eram dois pastores alemães e um bulldog campeiro, chamados Kira, Thor e Bruce.
O que aconteceu com os cães?
A família dos cães relatou que a tragédia teve início com a morte de Bruce no dia 30 de janeiro. “Ficamos tristes, mas de certa forma aceitamos, porque a raça dele é mais sensível”, explicou a tutora. No entanto, no dia 1º de fevereiro, receberam um vídeo mostrando Kira já sem vida, suja e abandonada. O responsável pelo transporte alegou que a soltou para que urinasse e, quando notou, ela já estava morta.
Horas depois, veio a última e mais devastadora confirmação: Thor também faleceu, após ser internado em uma clínica veterinária. “Foram três perdas irreparáveis”, lamentou a família.
A transportadora informou que não devolverá os corpos dos cães. Bruce foi cremado, enquanto Kira foi descartada de forma questionável. “O motorista usou o termo ‘foi descartado’, como se fosse lixo”, denunciou a tutora.
Em nota, a empresa afirmou que está tratando do caso com seus advogados e que possui laudos veterinários indicando que o veículo estava apto para o transporte. Também informou que solicitou necropsias para esclarecer as causas das mortes.
O caso foi denunciado às autoridades em Palhoça (SC), e a investigação está em andamento.