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Submarino desaparecido: termina prazo estimado pela Guarda Costeira dos EUA sobre oxigênio disponível

O desaparecimento do submarino Titan, da empresa OceanGate, durante uma expedição aos restos do Titanic, tem mantido autoridades e equipes de resgate em alerta. O prazo estimado pela Guarda Costeira dos Estados Unidos sobre o tempo de oxigênio disponível para os cinco passageiros a bordo do submarino chegou ao fim por volta das 7h desta quinta-feira (22). As operações de busca e resgate têm sido realizadas por equipes do Canadá e dos Estados Unidos, com o auxílio de embarcações francesas.

A previsão sobre o tempo de oxigênio disponível leva em consideração diversos fatores, como o horário de início da viagem do submarino. No entanto, existem variáveis que tornam essa estimativa incerta, especialmente em relação à quantidade de oxigênio consumido por cada passageiro.

Inicialmente, logo após o desaparecimento no domingo (18), a estimativa era de que os tripulantes tivessem cerca de 96 horas de oxigênio disponível. No entanto, na manhã de quarta-feira (21), o contra-almirante John Mauger informou em entrevista à BBC que as autoridades já trabalhavam com um prazo inferior a 20 horas.

Até o momento, os principais indícios de que os tripulantes possam estar vivos foram os ruídos captados pela sonda de um avião canadense. Entretanto, em uma coletiva de imprensa na tarde de quarta-feira, a Guarda Costeira dos EUA afirmou ainda não saber a origem desses sons, que se assemelham a batidas, de acordo com os registros.

Nesta manhã, um navio de pesquisa francês que carregava um robô de mergulho em alto mar desacelerou sua velocidade durante as buscas na área onde o submarino perdeu o contato com a base. Especialistas acreditam que essa diminuição de velocidade possa indicar que a sonda tenha encontrado algo no fundo do mar, já que estava conectada ao navio por um cabo de fibra ótica. No entanto, até o momento desta publicação, não havia confirmação oficial sobre essa descoberta.

Oito navios, além de aeronaves e sondas, estão envolvidos nas operações de busca pelo submarino, que estão sendo realizadas a 600 km da costa do Canadá. As buscas têm se concentrado em uma região onde aeronaves capturaram ruídos subaquáticos, os quais podem ser provenientes da embarcação desaparecida. No entanto, a Guarda Costeira dos EUA reconhece que não tem certeza se os sons são realmente do submarino.

Um dos desafios no resgate é a profundidade em que o submarino pode estar. De acordo com relatórios divulgados pela imprensa norte-americana, uma embarcação tripulada da Marinha dos EUA só pode descer até uma profundidade de cerca de 600 metros. Por outro lado, os destroços do Titanic estão localizados a quase 3.900 metros de profundidade. Nesse caso, um veículo controlado remotamente poderia ser utilizado para auxiliar no resgate e na recuperação do submarino até a superfície.

As perspectivas para a sobrevivência dos tripulantes são sombrias, conforme mencionou o ex-capitão de submarino da Marinha do Reino Unido, Ryan Ramsey, em entrevista à agência de notícias britânica “PA”. Ramsey afirmou que a situação mudou de uma missão de resgate para uma missão de salvamento, e que a chance de haver sobreviventes é baixa, considerando o consumo de oxigênio, dióxido de carbono e as condições adversas.

A expedição do submarino Titan tinha como objetivo explorar os destroços do Titanic, que afundou em 1912 no Oceano Atlântico, a cerca de 650 km da costa do Canadá. A expedição foi organizada pela empresa de turismo marítimo OceanGate Expeditions, que cobrou US$ 250 mil de cada passageiro. A bordo do submarino estavam o diretor-executivo da OceanGate, Stockton Rush, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, o bilionário e explorador britânico Hamish Harding, e o ex-comandante da Marinha Francesa Paul-Henry Nargeolet, principal especialista no naufrágio do Titanic.

A situação continua sendo acompanhada de perto pelas equipes de resgate, e mais informações serão atualizadas à medida que estiverem disponíveis.

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