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Regime venezuelano manipula eleições e isola o país internacionalmente

Nicolás Maduro é declarado vencedor em pleito marcado por acusações de fraude

O regime venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, anunciou mais uma vitória eleitoral controversa, desafiando respeitadas sondagens independentes que apontavam uma ampla vantagem de mais de 30 pontos percentuais para o opositor Edmundo González Urrútia. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Maduro vencedor, levando a Venezuela a um novo patamar de autoritarismo e isolamento internacional.

A manipulação dos resultados eleitorais não é novidade na Venezuela. Desde a polêmica vitória de Maduro sobre Henrique Capriles em 2013, o regime chavista tem repetidamente sido acusado de fraudar eleições. Desta vez, o processo foi marcado por táticas conhecidas: atraso na divulgação dos resultados, intimidação de opositores e manipulação do sistema eleitoral.

A reação internacional e as consequências internas ainda são incertas, mas especialistas preveem um aumento no êxodo de venezuelanos, retorno de grandes protestos ou um clima de apatia total. A Venezuela segue o caminho de países como Cuba e Nicarágua, aprofundando seu isolamento e endurecendo seu regime.

Jorge Rodríguez, líder da Assembleia Nacional e estrategista do chavismo, já sinalizava a manipulação dos resultados com seu habitual sarcasmo, enquanto a oposição enfrentava dificuldades, incluindo a impossibilidade de garantir observação eleitoral independente e a perseguição de candidatos e eleitores.

A história das eleições manipuladas na Venezuela remonta à criação da Assembleia Nacional Constituinte em 2017, quando a rejeição popular foi ignorada pelo regime. As urnas foram mantidas abertas até mais tarde para mascarar a vontade popular, um cenário que se repetiu na recente jornada eleitoral.

A Venezuela enfrenta um cenário de crescente autoritarismo desde a tentativa de golpe de Hugo Chávez em 1992 e sua subsequente ascensão ao poder em 1998. Embora Chávez tenha iniciado seu governo com melhorias econômicas e programas sociais, seu viés autoritário se intensificou após a tentativa de golpe contra ele em 2002. Maduro, seu sucessor, levou o projeto a extremos, intensificando a repressão e a manipulação eleitoral.

Com mais uma eleição marcada por fraudes, a Venezuela se consolida como um pária internacional, enfrentando um futuro incerto e cada vez mais isolado da comunidade global.

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