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Presidente da Fundação Palmares chama movimento negro de ‘escória maldita’

Enquanto o movimento negro promove atos globais contra o racismo, impulsionados após a morte de George Floyd pela polícia de Minneapolis, nos Estados Unidos, o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, tem desferido ataques às demandas e aos lemas dessa militância.

Um áudio de uma conversa entre Camargo e dois assessores, registrado no dia 30 de abril e obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo, reforça o antagonismo dele à causa. Ele se referiu ao movimento negro como “escória maldita”.

O áudio entre Camargo e dois assessores evidencia o presidente da Fundação Palmares adotando posições ainda mais enérgicas em seu antagonismo ao movimento negro nos bastidores de sua gestão na entidade. O encontro ocorreu, conforme apurou o jornal, para tratar do desaparecimento de um celular corporativo de Camargo, que se irritou com a cobrança do ressarcimento do aparelho.

“Alguém que quer me prejudicar, invadindo esse prédio aqui pra me espancar. Quem poderia ter feito isso? Invadindo com a ajuda de funcionários daqui. O movimento negro, os vagabundos do movimento negro, essa escória maldita”, afirmou Camargo, que também foi gravado criticando Zumbi dos Palmares e chamando adeptos de “macumbeiros” adeptos de religiões afro-brasileiras.

Nota – Em nota, Camargo lamentou “a gravação ilegal de uma reunião interna e privada” e disse que implantou na Fundação um “novo modelo de comando (…) voltado para a população e não apenas para determinados grupos”.

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