Prefeito de Ananindeua exonera mais de 1,1 mil comissionados em reestruturação administrativa

O prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB), publicou na última segunda-feira (8) um decreto que exonerou mais de 1,1 mil servidores comissionados do município, incluindo todos os secretários e dirigentes da administração indireta. A medida foi divulgada no Diário Oficial do Município com data retroativa a 1º de janeiro, e muitos dos cargos devem ser preenchidos novamente nos próximos dias.

Reestruturação e cortes estratégicos

Segundo fontes próximas à gestão municipal, a exoneração em massa reflete uma estratégia para reorganizar a base política do prefeito, excluindo indicados de ex-aliados como o ex-prefeito Manoel Pioneiro e o deputado estadual Erick Monteiro, agora alinhados ao governo estadual.

Paralelamente, a prefeitura criou a “Escola de Governança Pública de Ananindeua”, uma nova autarquia municipal. A estrutura inclui cargos de direção com salários entre R$ 7,6 mil e R$ 11,2 mil, além de 21 posições comissionadas, com remunerações de até R$ 3,5 mil.

A criação da autarquia foi sancionada no final de 2024, junto com a nova Secretaria de Lazer e Turismo, ambas aprovadas em regime de urgência pela Câmara Municipal.

Críticas e polêmicas

A decisão gerou reações diversas. Uma fonte da Coluna Olavo Dutra classificou a criação da autarquia como um “cabide de empregos”, questionando a coerência do prefeito em meio a um discurso de dificuldades financeiras.

Nas redes sociais, críticas vieram até de figuras públicas. A influencer Bruna Lorrane insinuou que a gestão municipal deveria aproveitar o momento de demissões para saldar pendências financeiras, provocando repercussão entre os internautas.

Renomeações esperadas

Embora as exonerações tenham causado alvoroço, a expectativa é de que boa parte dos cargos seja preenchida novamente, com mudanças pontuais. Essa prática de “varredura geral” é comum em gestões públicas para ajustes administrativos e políticos.