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Prazo do Ministério Público Federal termina e Damares Alves não entrega provas de abuso infantil no Pará

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos não entregou ao Ministério Público Federal (MPF) as supostas provas da denúncia feita pela ex-ministra Damares Alves (Republicanos) de que o Arquipélago do Marajó (PA) seria local de tráfico de crianças e abuso infantil.

A fala de Damares Alves (Republicanos), agora senadora da República, eleita em outubro passado, foi feita durante culto na Igreja Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO), em outubro deste ano. Na ocasião, a apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL) garantiu que a pasta teria imagens de crianças sendo estupradas, no Pará.

“Nós temos imagens de crianças de 4 anos, 3 anos que, quando cruzam as fronteiras, tem seus dentes arrancados para não morderem na hora do sexo oral”, afirmou.

No comunicado enviado ao MPF, o Ministério da Mulher afirma que as informações solicitadas são de “natureza sensível”, o que impediria de ser encaminhadas ao órgão.

Logo após a fala da ex-ministra, o grupo Prerrogativas entrou com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) e no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que as falas da senadora fossem investigadas. Advogados do grupo pedem ao STF e ao MPF que, caso as declarações de Damares sejam verdadeiras, ela e o presidente Jair Bolsonaro (PL) sejam solicitados para explicar quais medidas tomaram. Foi requisitado também que ambos sejam investigados por prevaricação, uma vez que não teriam tomado qualquer providência a respeito do fato.

Como Damares (Republicanos) ainda não tomou posse como senadora, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou o caso à Justiça do estado do Pará.

Fonte: UOL

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