É o segundo caso de violência contra agentes de segurança pública que trabalham no sistema penal. Arlison Wand Furtado da Silva é armeiro e trabalha na Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (CPASI), ele estava chegando a sua casa quando foi abordado a tiros.
O policial penal levou três tiros, sendo dois no braço e um no abdômen. Depois do ataque, o policial penal foi socorrido de carro e levado ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua.
A tentativa de homicídio aconteceu no bairro do Tapanã, em Icoaraci, Distrito de Belém.
No sábado, 10, o policial penal Wellington Claudio Lima foi executado a tiros dentro da casa onde morava no bairro Icuí-Guajará, em Ananindeua. Ele voltava de um passeio no shopping quando foi abordado por dois suspeitos.
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Vítimas da violência – De acordo com dados da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), somente nesse primeiro semestre de 2021, seis policiais penais foram mortos no Pará.
Para Rosivan Santos, presidente do Sindicato dos Policiais Penais (Sinpolpen), novos casos irão acontecer se não houver mais investimento na segurança da classe.
“A gente tem lutado intensamente, fazendo um movimento em busca de melhor condições de vida para os servidores”. diz o representante. “Somos os únicos da segurança pública do Estado a receber 60% de gratificação de risco de vida, enquanto as demais categorias recebem 100%. Com um melhor pagamento, o policial penal vai poder morar em um local melhor, um condomínio fechado, por exemplo, e se proteger mais”, diz o sindicalista, que conta o que acredita ser a motivação para as execuções dos policiais penais.
“Estamos sendo caçados por manter a ordem e a disciplina. O crime organizado não manda mais nos presídios, então, eles usam a covardia, esperando a gente aqui fora”, analisa o presidente do Sinpolpen.