São Paulo (SP) – Quatro militares de São Paulo estão sendo investigados sob a suspeita de escolta de 78 quilos de ouro extraídos ilegalmente. Segundo documento sigiloso da Polícia Militar, os policiais foram detidos às 15 horas de quarta-feira, 4, no quilômetro 74 da rodovia Castello Branco, na cidade de Sorocaba, na pista no sentido São Paulo. Documentos encontrados indicam que o ouro seria oriundo do Mato Grosso e Pará. Entre os investigados, está o tenente-coronel da PM Marcelo Tasso, um dos chefes da Casa Militar do Palácio do Bandeirantes, sede do Governo de São Paulo. As informações são do Estadão.
Um cabo e dois soldados da 1ª Companhia do 5º Batalhão de Polícia Rodoviária da PM pararam dois carros. O primeiro era um Toyota Corolla, onde estavam o motorista Wilson Roberto de Lucca, o tenente-coronel e o terceiro-sargento da reserva da PM Marcelo Dantas, que trabalhou no 9.º Batalhão da PM. No segundo carro, também um Corolla, estavam o motorista Marcos Pereira dos Santos, o primeiro-sargento Gildsmar Canuto (da Casa Militar) e o soldado da PM Douglas Cristiano Burin, do 33.º Batalhão da PM.
Ouro – Nos veículos, foram encontrados 78 quilos de ouro em duas malas que estavam no Toyota dirigido por Santos e em uma mala no porta-malas do carro dirigido por Lucca, onde estava o tenente-coronel. Os policiais suspeitos alegam que a operação era legal, mas o ouro foi apreendido e levado para a delegacia da PF de Sorocaba, que está tratando do caso. O valor estimado do material apreendido é de cerca de R$ 23 milhões. A Corregedoria da PM foi acionada.
Em um dos carros também foi encontrada uma mochila com documentos diversos que ainda vão ser analisados, mas indicam que o ouro seria oriundo do Mato Grosso e Pará.
Um avião King Air que teria feito o transporte do metal até Sorocaba também foi apreendido. A aeronave seria objeto de sequestro criminal em outro inquérito.
A Polícia Federal informou que o inquérito apura possível prática dos crimes de usurpação de bens da União e receptação doloso. A defesa dos policiais não foi encontrada para comentar o caso.
Fonte: Estadão