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Paraenses projetam e entregam novo Porto de Outeiro em tempo recorde para a COP30

Estrutura foi construída em apenas cinco meses e já recebeu os transatlânticos MSC Seaview e Costa Diadema; projeto é assinado pelo engenheiro oriximinaense Pedro Almeida, professor da USP

Uma equipe paraense esteve à frente da construção do novo Porto de Outeiro, entregue em tempo recorde para a COP30. Em apenas cinco meses, Belém concluiu a obra que nesta terça-feira (4) recebeu os navios MSC Seaview e Costa Diadema, transformados em hotéis flutuantes para a conferência climática.

O projeto foi assinado pelo engenheiro Pedro Almeida, natural de Oriximiná (PA) e professor da Universidade de São Paulo (USP). Com capacidade para 81 mil toneladas — o dobro do antigo porto da Sotave —, a nova estrutura marca um salto na infraestrutura portuária da capital paraense.

Segundo o engenheiro Rafael Laurido, da equipe da Secretaria Extraordinária para a COP30 (Secop), o prazo e a complexidade da obra representaram um grande desafio técnico.

“Foi uma obra em tempo recorde. Fizemos a construção em cinco meses, com muitos desafios. São 616 metros de píer, com 98 estacas de 40 metros e um volume enorme de concreto”, explicou.

O terminal foi projetado para receber grandes embarcações e conta com estrutura de receptivo, sistema próprio de energia e rede elétrica reforçada.

“Tivemos de instalar geradores e reforçar toda a rede, já que a ilha não estava preparada para a demanda dos sistemas de ar-condicionado e de hospedagem dos navios”, acrescentou Laurido.

Com o novo porto, o Pará passa a integrar oficialmente a rota dos transatlânticos nacionais e internacionais, consolidando Belém como destino estratégico para o turismo marítimo.

“Antes operávamos apenas com carga e em pequena escala. Agora, Belém entra na rota dos grandes cruzeiros do Brasil e do mundo”, destacou o engenheiro.

Após a COP30, o porto deve permanecer como legado de infraestrutura e desenvolvimento para o estado.

“A Secop encerra sua operação com a entrega da obra. Esperamos que o porto traga o retorno que a COP promete para o desenvolvimento da região”, concluiu Laurido.

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