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Pará registra melhor resultado em exportações dos últimos dez anos no primeiro trimestre de 2025

Com US$ 5,06 bilhões em vendas ao exterior, estado mantém 3º lugar no saldo comercial do Brasil; destaque para aumento nas exportações de carne bovina, pimenta-do-reino e alumina calcinada

O Pará alcançou, no primeiro trimestre de 2025, o melhor desempenho em exportações dos últimos dez anos, com US$ 5,06 bilhões (cerca de R$ 25,4 bilhões) em vendas ao mercado internacional. Os dados foram divulgados nesta semana pelo Ministério da Indústria e Comércio e mostram também um superávit de US$ 4,45 bilhões (R$ 22,3 bilhões), reforçando a posição do estado como o terceiro maior saldo comercial do país.

Enquanto as exportações avançaram 0,99% em relação ao mesmo período de 2024, as importações recuaram 23,8%, totalizando US$ 611,4 milhões. A corrente de comércio chegou a US$ 5,67 bilhões (R$ 28,4 bilhões), consolidando o Pará como o sexto maior exportador nacional. O estado respondeu por 6,99% das exportações brasileiras, mas apenas 0,9% das importações, mantendo baixa dependência do mercado externo.

O Pará exportou 887 produtos diferentes (NCMs), um aumento de 16,1% em comparação ao primeiro trimestre do ano passado. Apesar da forte presença do setor mineral, que representa 87% das exportações, o estado tem ampliado a diversidade da pauta exportadora. A alumina calcinada registrou alta de 105,62%; o minério de cobre, 36,85%; e o alumínio não ligado, 53,24%. Canaã dos Carajás, Barcarena, Parauapebas, Marabá e Itaituba foram os municípios com maior volume exportado.

O setor agropecuário também se destacou, com aumento de 174,74% na exportação de bovinos vivos, especialmente para o Egito, e crescimento de 24,72% na carne bovina, puxado pela demanda da China. A pimenta-do-reino teve alta de 53,48%, com destaque para os mercados dos Estados Unidos e da Alemanha. O açaí também foi citado como produto em ascensão nas exportações.

Para o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Guilherme Minssen, o avanço é resultado de melhorias na genética animal, pastagens, infraestrutura e logística no interior do estado. “Estamos colocando açaí no exterior com competência de qualidade, preço e logística”, afirmou. Minssen projeta resultados ainda mais positivos para os próximos trimestres, apesar da nova política tarifária dos Estados Unidos.

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