Nicole Elkabbass, de 42 anos, de Broadstairs, em Kent (Inglaterra), alegou precisar pagar por um tratamento de câncer, conseguindo a doação de mais de R$ 300 mil na página do GoFundMe, de financiamento. O dinheiro foi para a conta bancária pessoal dela, segundo relato no tribunal que julga o caso. E ela, que não estava doente, usou o dinheiro em apostas, ingressos para jogos de futebol, viagens e restaurantes caros.
O promotor Ben Irwin descreveu na terça-feira, 10, como a página – intitulada Nicole precisa de nossos tratamentos de ajuda – foi supostamente escrita pela mãe, descrevendo a “doente” como uma “linda filha”.
Havia até uma foto convincente no hospital. E era realmente de Nicole, mas de quando ela passou por uma operação para remover a vesícula biliar.
“Ela não usou esse dinheiro para tratamento de câncer. O dinheiro que ela recebeu foi, na verdade, para uma variedade de coisas – muitos foram para o jogo, muitos foram para as viagens, muitos foram para os ingressos do Tottenham Hotspur”, disse a promotoria.
Ginecologista – Dando provas, o ex-amigo de Elkabbass, o ginecologista consultor Nicholas Humphrey Morris, negou as alegações de que ele a diagnosticou com câncer.
O médico disse ao júri que foi Elkabbass quem o informou que ela havia adoecido e, ao saber que ela havia aberto uma página de crowdfunding, suspeitou de crime.
Ele explicou que reconheceu o hospital na foto por seu papel de parede distinto ao lado da cama, como o hospital Spencer em Margate, Kent. O ex-amigo explicou que foi onde ela havia sido tratada para uma operação, dois anos antes.
Morris acrescentou: “Ela nunca foi minha paciente e nunca me procurou em nenhum hospital ou clínica em que trabalho.”
A ré nega as acusações. A defesa deve argumentar que Nicole acreditava estar doente.
Fonte: O Liberal
