Nesta terça-feira, 11, o Diário Oficial da União trouxe um anúncio inesperado: a transferência temporária dos gabinetes do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e dos presidentes do Ibama e ICMBio, respectivamente Eduardo Bim e Fernando Lorencini, para “exercício avançado nas localidades de Altamira, Uruará, Placas, Rurópolis e Itaituba”, no estado do Pará, entre os dias 11 e 15 de maio. O motivo? As operações conjuntas com a Força Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça.
A publicação quebra a regra de ouro sobre o sigilo de ações de fiscalização para evitar que o infrator, avisado, fuja do flagrante, pois anuncia os locais e as datas da operação. Em segundo lugar, levanta o questionamento: desde quando os chefes do executivo e dos órgãos ambientais precisam estar presentes durante operações de fiscalização? A publicação é assinada por Salles.
No final de abril, o ministro da Justiça, Anderson Torres, autorizou o uso da Força Nacional para missões de apoio ao Ibama na Amazônia pelo prazo de 260 dias. O tamanho do efetivo disponibilizado não foi esclarecido, apenas que seguirá “o planejamento definido pela Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública, da Secretaria Nacional de Segurança Pública”.
Fonte: Duda Menegassi/O ECO