A decisão de utilizar o Aeroporto Internacional de Manaus como estacionamento de aeronaves durante a COP30, que será realizada em Belém em novembro de 2025, intensificou a rivalidade entre as duas principais capitais da região Norte. O anúncio gerou reações em perfis e portais de notícias, com manauaras ironizando a infraestrutura de Belém e paraenses rebatendo as provocações.
Nas redes sociais, internautas de Manaus destacaram a autossuficiência de sua cidade e zombaram da necessidade de apoio logístico por parte de Belém. “Engraçado, a gente recebe evento internacional e não precisa emprestar o de ninguém”, comentou um usuário. Outro ironizou: “A ‘capital da Amazônia’ não tem um aeroporto decente, o grande mico”.


Os paraenses responderam com provocações, sugerindo que Manaus estaria reduzida ao papel de apoio para a capital paraense durante o evento. “Foi o que sobrou pra vocês: ser estacionamento”, afirmou um internauta. Outro comentou: “Quando não dá dentro de casa, a gente coloca no pátio. Cunaus para sempre será o pátio de Belém”.

A expectativa é que a COP30 reúna 150 delegações internacionais e chefes de Estado, o que exige uma logística ampliada. Além de Manaus, aeroportos de Brasília e dois aeródromos em construção em Barcarena e Soure, próximos a Belém, serão utilizados para acomodar o fluxo de aeronaves.
Apesar das comparações, Belém se consolida como o principal hub aéreo da região Norte. Em 2024, o Aeroporto Internacional de Belém bateu um recorde histórico ao ultrapassar 4 milhões de passageiros, com rotas internacionais para destinos como Lisboa (Portugal), Fort Lauderdale (EUA), Paramaribo (Suriname) e Caiena (Guiana Francesa), além de conexões com importantes cidades brasileiras.
Para reforçar a infraestrutura, o governo federal anunciou um investimento de R$ 500 milhões na ampliação do aeroporto de Belém. Segundo o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a obra será entregue em agosto de 2025 e tem como objetivo aumentar a capacidade de atendimento durante a COP30, além de impulsionar o potencial turístico e econômico da capital paraense.



