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Lula anuncia R$ 41,1 bilhões para o Pará no Novo PAC e defende exploração de petróleo na Amazônia

Investimentos incluem habitação, infraestrutura e estudos para Ferrogrão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o Pará receberá R$ 41,1 bilhões em investimentos através do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os recursos serão destinados a infraestrutura, habitação e obras em rodovias federais. Além disso, o governo federal planeja avançar nos estudos sobre a concessão da Ferrogrão, ferrovia que ligaria Miritituba (PA) a Sinop (MT), mas que enfrenta entraves judiciais desde 2020.

Expansão do Minha Casa, Minha Vida na Amazônia

Durante entrevista ao Grupo Liberal, Lula destacou a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) na Amazônia. Desde a retomada do programa, 1,26 milhão de moradias já foram contratadas, com a meta de alcançar 2 milhões até 2026. No Norte do país, mais de 55 mil unidades habitacionais foram contratadas, e mais 20 mil moradias estão previstas para os próximos meses.

O governo também aumentou os subsídios para famílias com renda de até R$ 4,4 mil mensais, visando reduzir desigualdades regionais no acesso à moradia. No Pará, os investimentos no MCMV somam R$ 3,5 bilhões, além de R$ 4,7 bilhões para obras de esgotamento sanitário, combate a enchentes e outras melhorias urbanas.

COP 30 e desenvolvimento sustentável

Sobre a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em Belém em 2025, Lula enfatizou a necessidade de financiamento internacional para o desenvolvimento sustentável. Segundo o presidente, países industrializados devem contribuir para a transição energética global, garantindo que o combate às mudanças climáticas não comprometa o crescimento econômico de nações emergentes.

“Queremos que essa seja a COP da realização, aquela em que não apenas debateremos soluções, mas que garantiremos que elas sejam colocadas em prática”, afirmou.

Exploração de petróleo na Margem Equatorial

Lula voltou a defender a pesquisa e possível exploração de petróleo na Margem Equatorial, incluindo a Bacia da Foz do Rio Amazonas. O presidente criticou a lentidão dos processos de licenciamento ambiental e cobrou agilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Queremos estudar o potencial dessa área e fazer isso com a segurança social e ambiental necessária. Estou certo de que a Petrobras tem capacidade técnica para conduzir esse empreendimento de forma sustentável”, afirmou.

Ferrogrão e logística no Norte

O governo federal também planeja melhorar a infraestrutura logística da região. Além da concessão da Ferrogrão, que aguarda decisão judicial, estão em andamento obras na Transamazônica e na BR-422. A ponte sobre o Rio Araguaia, ligando Xambioá (TO) à BR-153, já está 87% concluída.

“O Pará precisa de melhorias logísticas para tornar sua produção mais competitiva. Estamos investindo em ferrovias, rodovias e hidrovias para garantir essa integração”, ressaltou Lula.

Política migratória e eleições de 2026

Questionado sobre deportações de brasileiros dos Estados Unidos e a chegada de imigrantes à Amazônia, Lula reafirmou o compromisso do governo com o acolhimento humanitário e a assistência social.

Sobre as eleições de 2026, o presidente evitou discutir cenários políticos, mas destacou sua boa relação com o governador do Pará, Helder Barbalho. “Tenho a obrigação de atuar em conjunto com todos os governadores, independentemente de partido, buscando sempre o melhor para a população”, declarou.

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