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Helder Barbalho fechou hospitais de campanha para atrapalhar investigações

Por Ronaldo Brasiliense

A Polícia Federal e o Ministério Público investigam denúncias de que o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), mandou fechar os hospitais de campanha de Breves (Marajó), Santarém e Altamira, em plena pandemia do novo coronavírus, para dificultar as investigações sobre desvios de recursos da saúde por Organizações Sociais (OS) picaretas, contratadas com dispensa de licitação, para administrar os hospitais de campanha, num esquema corrupto – denunciado nacionalmente em reportagem do Fantástico, da TV Globo.

Os desvios do dinheiro da saúde para combater a pandemia de Covid-19 no Pará, segundo apurou a Polícia Federal, podem chegar a R$ 1,2 bilhão. As investigações sobre o esquema corrupto foram autorizadas pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que considerou “essencial” a participação do governador Helder Barbalho para que a quadrilha das organizações sociais atuasse por todo o Pará.

Operações da PF – Só em 2020, o governo Helder Barbalho sofreu três operações da Polícia Federal, com ações de busca e apreensão na mansão do governador no condomínio de luxo Lago Azul, em Ananindeua, e no Palácio do Governo, onde até mesmo os celulares de Helder e da mulher dele, Daniela Barbalho, foram apreendidos.

Dois secretários de Helder Barbalho – Parsifal Pontes, de Desenvolvimento, Mineração e Energia (Sedeme), e Antônio Pádua Andrade, de Transportes (Setran-PA), foram presos pela Polícia Federal. Também foi preso o assessor especial do governador, Luciano Nascimento, que teria sido responsável pela montagem dos contratos sem licitação com as organizações sociais.

Outro preso pela Polícia Federal foi o ex-secretário adjunto de Saúde, Peter Cassol, em cuja residência a PF encontrou R$ 745 mil acondicionados em um cooler.

Acossado por todos os lados, inclusive por duas ações civis públicas por improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público do Pará, Helder Barbalho corre o risco de ser afastado do governo a qualquer momento.

No aguardo.

Fonte: Ronaldo Brasiliense (Amazônia Notícia)

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