Rio Grande do Sul – O Governo do Rio Grande do Sul segue monitorando a proximidade da nuvem de gafanhotos que está na Argentina da Fronteira Oeste daquele estado.
Segundo as informações da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, até às 15h30 de quarta-feira, 24, os ventos favoreciam a chegada dos insetos no estado. Com o avanço da frente fria, a chuva mudou o rumo dos gafanhotos e a nuvem deve permanecer na Argentina.
De acordo com o fiscal agropecuário Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do RS, o monitoramento por parte do governo é feito com troca de informações constantes com a Argentina e técnicos da secretaria na Fronteira Oeste.
“Ficamos em contato com a Senasa [serviço de sanidade da Argentina], nossos técnicos na fronteira, a rede de escritórios da Emater, que atua nessa vigilância e o contato com os produtores”, explica.
O fiscal estadual da secretaria, Juliano Ritter, destaca que está realizando o monitoramento diário da movimentação. “Nosso trabalho é verificar o ingresso no estado. Monitorei todo dia de quarta-feira, áreas de pastagem próximas a Argentina, produtores de hortaliças. O vento, que é o que determina a movimentação deles, está nos ajudando”, diz.
Ele informou ao que continuará realizando o monitoramento na tarde desta quinta-feira, 25. Até o momento, nenhum produtor avistou o inseto na Fronteira Oeste.
O último boletim divulgado pelo governo argentino informava que a localização da nuvem era imprecisa. “Com dia nublado e temperaturas mais baixas, ainda não se registrou o movimento da nuvem”, diz.
Emergência – Na quarta-feira, 24, a ministra da Agricultura Tereza Cristina Correa da Costa Dias, assinou uma portaria declarando estado de emergência fitossanitária nas áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O documento foi publicado no início da madrugada de quinta-feira, 25, no Diário Oficial da União (DOU).
O chefe da divisão de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) no RS, Jairo Carbonari, explica que a portaria é prevista em decretos para permitir atuações de forma emergencial e possa adotar medidas com maior rapidez.
“Na sequência dessa emergência fitossanitária, deverão ser estabelecidos protocolos e, se necessário, também permitir o uso de produtos químicos e agrotóxicos no controle da praga. Produtos que hoje não estariam permitidos, mas que com a emergência é possível”, disse.
Fonte: G1