
Brasília (DF) – Deve chegar nesta quinta-feira, 9, o soro antiofídico que foi importado dos Estados Unidos pela família do universitário de 22 anos que foi picado por uma cobra naja kaouthia na terça-feira, 7, no bairro Gama, em Brasília. O animal integra a lista das serpentes mais venenosas do mundo.
A busca pelo soro – tão raro no Brasil quanto a presença desse tipo de serpente – mobilizou especialistas. As únicas doses disponíveis no país estavam no Instituto Butantan, em São Paulo. Os médicos enviaram ao Distrito Federal todo o estoque disponível.
No entanto, na avaliação de alguns especialistas, a quantidade não seria suficiente, o que levou familiares de Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul a acionarem médicos americanos em busca do antídoto.
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), não existe registro, nos últimos anos, de entrada legal de uma cobra dessa espécie no Distrito Federal.
Picada – Pedro Henrique foi levado ao hospital pelos pais. Ele apresentava palidez, tontura e dormência nos membros inferiores, sintoma que evoluiu e atingiu os membros superiores.
Na quarta-feira, 8, ele começou a passar por processos de hemodiálise. Ocasionalmente, o veneno ofídico tende a prejudicar a função renal. O estudante apresentou melhora em seu quadro clínico, mas permanece internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Maria Auxiliadora, no Gama.
Busca pela serpente – Policiais civis e agentes do Ibama realizaram buscas em endereços ligados ao universitário, na tentativa de localizar e apreender a serpente. Em um prédio no Guará, gaiolas onde ficam camundongos usados na alimentação da cobra foram encontradas.
A movimentação assustou a vizinhança, que ficou aflita com a possibilidade de a Naja ter desaparecido do apartamento vistoriado.
O animal exótico, no entanto, foi encontrado no fim da tarde, dentro de uma caixa de plástico, próximo a um barranco, nas redondezas do shopping Pier 21, no Setor de Clubes Sul.
Fonte: Metrópoles