Até o momento, três figuras influentes do Pará, Fafá de Belém, Gaby Amarantos e Dira Paes, permanecem em silêncio diante da situação denunciada na Ilha do Marajó. A recente música “Evangelho de Fariseus” da cantora gospel paraense Aymeê, que faz referência ao Arquipélago de Marajó, trouxe à tona uma realidade alarmante: os casos de exploração e violência sexual contra crianças e adolescentes na região.
Apesar de serem reconhecidas por sua defesa dos direitos humanos e das causas amazônicas, as três artistas ainda não se manifestaram sobre esse assunto. Fafá, Dira e Gaby, que são apoiadoras declaradas do governo Lula, mantêm-se em silêncio diante das denúncias.
Relatos sobre a exploração sexual de menores na região não são novidade. A imprensa nacional tem reportado essa realidade há anos. Em uma matéria de 2019, a Agência Pública entrevistou a Irmã Marie Henriqueta Ferreira Cavalcante, uma freira reconhecida por seu trabalho no combate à exploração e violência sexual de menores no Pará. Na ocasião, ela descreveu situações alarmantes de crianças sendo exploradas desde tenra idade em troca de comida e dinheiro.
“A situação socioeconômica precária da região também é um fator relevante. A maioria dos municípios do Marajó está entre os de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, conforme dados do Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil.”
O silêncio dessas figuras públicas, que têm o poder de amplificar denúncias e pressionar por ações concretas, é preocupante diante da gravidade dos acontecimentos. Espera-se que em breve elas se posicionem e se juntem ao coro de vozes que exigem justiça e proteção para as crianças e adolescentes vulneráveis na Ilha do Marajó.