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Estudantes liberais são agredidos na Bienal da UNE

Um grupo de jovens liberais sofreu agressões na Bienal da União Nacional de Estudantes, nesta quinta-feira (2). Os estudantes são membros da União Juventude e Liberdade (UJL) e foram expulsos do evento realizado na Lapa, no centro do Rio de Janeiro, após conflitos com membros de outros movimentos estudantis. 

Membro da mesa-diretora da UJL, Letícia Perfeito, 18, relatou que logo que chegaram ao evento não sentiram segurança em expor suas bandeiras de defesa da liberdade, consequência de ataques sofridos ainda nas redes sociais quando se organizaram para participar do evento. Assim que criaram coragem, penduraram as bandeiras no alto e entoaram gritos de guerra como “a esquerda passa mal, com a união da juventude liberal”. 

Segundo Perfeito, isso fez com que seguranças abordassem os membros da UJL pedindo que parassem de “batucar” pois o prédio é muito antigo. A estudante de economia explicou que a maioria dos outros movimentos estudantis estava fazendo a mesma coisa. Letícia conta que, para não colocar o restante dos jovens em perigo, decidiram ir embora do evento, mas quando estavam saindo, um grupo do Movimento Correnteza e Movimento da Juventude Revolucionária puxou a bandeira de Gadsden – símbolo do movimento libertário – da mão de Gabriel Pavanato, 21, e agrediram o paulista com chutes. 

“Eu me sinto quebrado, porque é extremamente tenso você estar em um local que deveria ser democrático, e não poder se expressar por meio de uma bandeira que defende a liberdade há muito tempo. Além disso, fui roubado e agredido por ter um posicionamento divergente daquele grupo. Isso é inaceitável”, lamentou o jovem que prestará queixa à polícia. 

Não é de hoje

Cerca de 70 jovens liberais de todo o Brasil se organizaram para participar do evento, nesta semana. Entretanto, quando começaram a divulgar nas redes sociais, representantes dos movimentos estudantis socialistas começaram a criticar a decisão dos jovens de não se hospedarem no alojamento da UNE. Letícia Perfeito explicou que, por segurança, preferiram escolher um hostel para o grupo. 

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