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“Era uma pessoa lutadora, trabalhou no comércio para conseguir pagar a faculdade”, diz amiga de biomédica morta em Belém

Karina Santos Pinto, de 25 anos, foi morta a tiros no Pará; ex-namorado, um policial penal, é investigado pelo crime.

Karina Santos Pinto, a jovem biomédica de 25 anos que teve sua vida interrompida de forma trágica no último sábado (24) em Belém, foi atingida por um tiro no tórax enquanto estava no carro com seu ex-namorado. Apesar de ter sido socorrida, Karina não resistiu e faleceu no hospital.

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Amigos e colegas de Karina a descrevem como uma pessoa batalhadora, que trabalhou no comércio para pagar seus estudos e que havia recentemente conseguido seu primeiro emprego na área de biomedicina. “Ela só estava começando a vida, tinha acabado de iniciar no primeiro emprego e estava muito feliz”, relatou uma amiga próxima, que preferiu não ser identificada.

O relacionamento entre Karina e o ex-namorado, um policial penal, foi marcado por idas e vindas ao longo de três anos. Segundo uma colega de faculdade, que também pediu anonimato, Karina sofria pressão psicológica e controle por parte do ex-companheiro, que não aceitava o término do relacionamento. Mesmo sem demonstrar abertamente o medo, Karina chegou a trocar de número de telefone diversas vezes e criou um novo perfil nas redes sociais para se afastar dele.

Amigos relatam que Karina, durante os anos de faculdade, sempre estava preocupada com os estudos e o desejo de dar orgulho à sua mãe, apesar do relacionamento tumultuado. “Ele era muito ciumento e, depois do término, ficou desesperado ao ver que ela tinha superado. Difamou-a e usou termos pejorativos para falar dela a outras pessoas”, contou outra amiga.

A Delegacia de Feminicídio, parte da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), está conduzindo as investigações, que seguem sob sigilo. Perícias foram solicitadas para auxiliar na elucidação do caso. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou, em nota, que está apurando o caso por meio da Corregedoria Institucional.

A Polícia Científica do Pará já realizou a necropsia no corpo de Karina, com previsão de conclusão do laudo em até 10 dias. Nas redes sociais, o Conselho Regional de Biomedicina manifestou pesar pela morte de Karina, expressando solidariedade a familiares e amigos.

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