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Equipe do governo de transição chega a 904 nomes

O vice-presidente eleito e coordenador-geral do governo de transição, Geraldo Alckmin, assinou portaria publicada na edição extra do Diário Oficial da União da última quinta-feira (1º), nomeando mais 477 nomes. Com isso, o grupo de transição do presidente Lula passou a ter 904 integrantes. A equipe, que já estava inchada, não tem sequer espaço para trabalhar na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Não houve justifictiva da necessidade, até agora, da nomeação de 904 nomes. No comparativo com a equipe de transição do atual governo, em 2019, apenas 200 nomes fizeram a mesma tarefa de diagnóstico setorial do futuro governo.

O que chama atenção é que, apenas 20, das 904 pessoas que integram o grupo até esta segunda-feira (5), recebem remuneração pelo trabalho; a maior equipe técnica, da educação, conta com 55 integrantes.

A contar por essas nomeações, congressistas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal veem com o preocupação o que pode vir a ser o tamanho do organograma do novo governo. Uma fonte que prefere não revelar a identidade, disse ao Blog do Zé Dudu, em tom sério, porém irônico, que “Lula quer empregar todos os trabalhadores desempregados do Brasil no seu governo. É um verdadeiro Trem da Alegria que esse governo está fazendo. Quantos ministérios ele vai criar?”, questionou.

No relatório do Banco Central e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na semana passada, revelaram que o gasto do governo está em 1,3% do Produto Interno Bruto de tudo o que a economia produz no país, e é um momento de redução desses custos, são unânimes em afirmar os economistas. Mas a recomendação, provavelmente será solenemente desprezada pelo futuro govern

A expectativa da classe política é de que o novo governo supere em 40 o número de novos ministérios e secretaria especiais com status de ministério, na contramão da economia e redução de gastos públicos e isso só tem uma explicação: aparelhamento do governo e compra velada de apoio dos congressistas para fazer a distribuição dos ministérios aos partidos que estão negociando apoio político no Congresso ao futuro governo. “É uma nova versão do mensalão”, disse a fonte ouvida pela reportagem.

Desconfiança

Nesse contexto, o próximo governo já começa com desconfiança, mas conta com a adesão de congressistas “dissidentes”. Um levantamento preliminar feito pela reportagem, aponta que 40% dos deputados federais eleitos pelo PL — a maior bancada eleita no pleito desse ano — para a próxima legislatura, estariam dispostos a aceitar “agrados” para votar com o governo. “Aos poucos, no decorrer das votações, esses nomes serão revelados”, disse a fonte que a reportagem consultou.

Com informações Blog do Zé Dudu

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