Enquanto debatem o “papel” da primeira-dama, Janja dá entrevistas e tem agendas na COP27 no Egito

A socióloga Rosângela da Silva, a Janja, chegou ao Egito na noite de segunda-feira, 14, com seu marido, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e na terça-feira, 15, já participou de atividades no âmbito da Conferência do Clima da ONU, a COP27.
No perfil dela, no Twitter, Janja escreveu: “Chegamos ao Egito para a COP27 e já tive a incrível oportunidade de participar de uma conversa com várias mulheres que atuam na área de sustentabilidade da sociedade civil. Me coloquei à disposição para que possamos construir um futuro melhor, mais sustentável e mais justo”
A futura primeira-dama esteve no estande organizado pelos governadores da Amazônia Legal, se reuniu com parlamentares e governantes brasileiros, entre eles a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) e a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), e participou de um encontro com mulheres e representantes da sociedade civil sobre sustentabilidade, área de sua especialização acadêmica, no Brazil Climate Action Hub.
No local, Janja ainda concedeu uma rápida entrevista, conversou com ativistas, ambientalistas e lideranças indígenas. “Estou muito feliz de estar aqui na COP, é a minha primeira vez. Estou dando uma andada, conhecendo os estandes. Conheci o Consórcio da Amazônia, vim aqui no Brasil Hub, conversei com várias pessoas (…) Estou com muita expectativa, amanhã temos duas agendas importantes”, disse.
“É muito importante voltarmos a ver o Brasil no centro do mundo novamente, com protagonismo na questão do clima e do meio ambiente”, prosseguiu Janja.
Incômodo – Essa postura ativa da esposa do presidente eleito, que se dá desde a campanha eleitoral, vêm sendo alvo de questionamentos e também de comentários machistas. Após a jornalista Eliane Cantanhêde, da GloboNews, dizer que Janja “já incomoda” com seu espaço no futuro governo e sugerir que a esposa de Lula se restrinja “ao quarto do casal”, o jornal O Globo publicou um editorial, na terça-feira, 15, em que questiona o “papel” da futura primeira-dama.
“Embora seja filiada ao PT desde 1983, não tem histórico de cargos eletivos nem de altos postos no partido. Seu currículo não parece justificar a influência que adquiriu na campanha”, diz um trecho do editorial do jornal carioca.
No último domingo, 12, Janja, em entrevista ao programa “Fantástico”, da Globo, disse que queria “ressignificar” a função de primeira-dama e que seria, assim como foi na campanha eleitoral, uma pessoa atuante durante o governo Lula, principalmente no diálogo com a sociedade civil de pautas como violência contra a mulher, segurança alimentar e sustentabilidade.
Fonte: revista Forum