Em meio ao caos na saúde Edmilson faz contrato milionário e sem licitação com empresa de assessoria
A empresa tem sede em Belo Horizonte e um capital social de apenas 50 mil reais
Que Belém enfrenta uma crise sem precedentes na área da saúde ninguém mais duvida. Até a própria Prefeitura e o Prefeito Edmilson já desistiram de negar. Nem teriam como, é perceptível a olhos vistos: Duas UPAS, a do Jurunas e da Marambaia, encontram-se em greve; os médicos e outros profissionais de saúde estão há mais de três meses sem receber; o Pronto Socorro o Guamá está atendendo apenas os casos mais graves, pois encontra-se em superlotação, dentre outros problemas.
Tentando contornar esta crise, acalmar a população e calar as críticas generalizadas, no último dia 06, segunda-feira, o Secretário de Saúde do Município, Pedro Anaisse, em reunião com os dirigentes do Sindicato dos Médicos, pediu 90 dias para analisar e apresentar soluções para o caos em que se encontra a saúde no Município.
Um dia após o anúncio feito pelo secretário- e aqui nos questionamos se este não teria sido apenas uma justificativa para o que viria depois- foi publicado no Diário Oficial do Município um contrato, firmado com dispensa de licitação, entre a Prefeitura Municipal de Belém e a empresa ÁGORA CONSULTORES E ASSOCIADOS LTDA no valor de R$ 1.500. 000,00 ( um milhão e meio) pelo prazo de seis meses.
O contrato teria por objeto a assessoria à SESMA para o “enfrentamento dos desafios na prestação dos diversos serviços assistenciais de saúde à população usuária do SUS no âmbito do Município de Belém”.
Curiosamente, ou não, a mesma empresa já havia sido contratada para os mesmos propósitos à época em que o atual Secretário de Saúde ocupava a mesma pasta no primeiro mandato do Prefeito Edmilson Rodrigues, e quando fora diretor do Hospital de Redenção. A denúncia foi publicada pelo influencer David Mafra no site “questionabrasil.com.”
Em vídeo publicado nas redes sociais, esquivando-se da responsabilidade, o Prefeito Edmilson Rodrigues atribui a crise na saúde ao que ele chamou de “sucateamento do Município nos últimos 16 anos e uma suposta perseguição do ex presidente Jair Bolsonaro à cidade de Belém e à saúde”.
As perguntas que não querem calar são as seguintes: O secretário de Saúde, diretores e demais DAS do Prefeito Edmilson não teriam capacidade para apresentar soluções? Se não têm, por que razão ocupam estes cargos? O Município não possui recursos para pagar seus profissionais de saúde, mas possui para fazer contratações no mínimo questionáveis?
Difícil de engolir!!!
Esse Prefeito e a cara de Belém, uma cidade completamente abandonada pelo poder público