Ao encerrar seu terceiro mandato como prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol) denunciou ataques da extrema direita que, segundo ele, visaram minar seu projeto político e prejudicar políticas públicas voltadas à população mais vulnerável. Em entrevista à CENARIUM, o ex-prefeito destacou os desafios enfrentados durante sua gestão, marcada pela pandemia de Covid-19 e pela intensificação de movimentos conservadores.
“Vivemos uma campanha intensa de destruição da minha imagem, mas o objetivo real era atingir o projeto de cidade que represento. Era uma tentativa de barrar políticas públicas que priorizassem os mais pobres”, declarou.
Críticas à nova gestão
Rodrigues também criticou as primeiras medidas do atual prefeito, Igor Normando (MDB), classificando algumas delas como retrocessos graves. Entre as ações mais polêmicas estão a fusão da Fundação Escola Bosque (Funbosque) com a Secretaria Municipal de Educação (Semec) e a proposta de privatizar o Palacete Pinho.
Segundo Rodrigues, a Funbosque é uma referência nacional em educação ambiental para comunidades ribeirinhas e sua extinção representa “uma perda irreparável”. Sobre o Palacete Pinho, que ele transformou em Escola Municipal de Artes, o ex-prefeito afirmou que a privatização significa negar o acesso à cultura para jovens das periferias.
Resistência e alerta
O ex-prefeito destacou que educação e cultura são investimentos indispensáveis para combater a desigualdade e afirmou que a sociedade precisa resistir a retrocessos. “Vivemos uma campanha intensa de destruição da minha imagem, mas o objetivo real era atingir o projeto de cidade que represento. Era uma tentativa de barrar políticas públicas que priorizassem os mais pobres. Mas, mesmo com todos os ataques, resistimos e entregamos resultados concretos para a população”, concluiu.