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Distribuição de “Kit chuca” pelo SUS gera polêmica entre mulheres cis e homens gays

Debate nas redes sociais expõe divergências sobre prioridades de saúde pública e alocação de recursos do SUS

A distribuição de “kits chuca” pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desencadeou um intenso debate nas redes sociais, principalmente no X (antigo Twitter), colocando mulheres cis e homens gays em lados opostos. A polêmica teve início após um perfil compartilhar uma foto de uma ducha portátil para realizar “chuca”, além de autotestes para HIV e a profilaxia pré-exposição (PrEP).

Na postagem, o usuário escreveu: “Fui pegar minha PrEP. Peguei, ainda ganhei autotestes de HIV pra testar meus amigos, xuca portátil e na saída já passei no postinho e tomei vacina de Gripe e HPV. É isso amores, eu sou completamente obcecado pelo SUS”. A publicação, que pretendia informar sobre a disponibilidade de recursos para a saúde sexual, rapidamente se transformou em um ponto de partida para discussões intensas.

Porém, diversas mulheres cis mostraram descontentamento, argumentando que o SUS não oferece o mesmo nível de apoio para suas necessidades específicas. Comentários como “Absurdo dar chuca portátil. Falta de respeito com dinheiro público, enquanto isso um monte de remédio essencial faltando nas farmácias populares” e “o governo dá kit pra CHUCA mas não dá absorvente 😍 que delícia ser mulher!” ressaltaram a frustração de algumas mulheres com a alocação de recursos e prioridades de saúde.

Por outro lado, muitos internautas defenderam a iniciativa do SUS, enfatizando a importância de garantir acesso a métodos seguros e gratuitos para práticas de saúde sexual. Um usuário ponderou: “A pessoa mostra o caminho seguro e gratuito para uma vida saudável, inclusive para fazer sexo seguro. Em vez de compartilhar esse conteúdo, tão útil (se não para você, para outros), xingam o autor e acham que esses produtos ‘tiram dinheiro’ de outros medicamentos. Difícil.” Outro comentou: “Falta de medicamentos no SUS e da dignidade menstrual é um problema atual, ao invés de encher o saco de quem conseguiu um direito com muita luta, exijam mudanças no orçamento da saúde para atender essas necessidades.”

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