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Desembargadores do TJPA são alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira

A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quinta-feira, dia 4, 30 mandados de busca e apreensão contra desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) e servidores do Governo do Pará para investigar a contratação de profissionais por meio de indicações.

Segundo a PF, ao todo, 112 policiais federais foram mobilizados para cumprir as medidas cautelares expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), assinadas pelo ministro Francisco Falcão. A deflagração da operação contou ainda com a participação de Procuradores da República.

Em um dos celulares apreendidos, que estava com o ex-chefe da Casa Civil, Parsifal Pontes, foram identificadas mensagens que, segundo a Polícia Federal, mostraram “desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, valendo-se de seus cargos, patrocinaram, em tese, direta e indiretamente, interesses privados perante à Administração Pública, ao indicar “apadrinhados” (parentes e amigos) para cargos em comissão em diversos órgãos do Poder Executivo do Estado do Pará”.

Ainda segundo a PF, foram encontrados indícios, no mesmo celular, de que Parsifal Pontes, em conjunto juntamente com membros da cúpula do Governo “praticaram atos de ofício contra disposição expressa de lei para satisfazer interesses pessoais, nomeando e/ou mantendo “apadrinhados” indicados por desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Pará para cargos em comissão no Poder Executivo do Estado do Pará”.

QI – Servidores de órgãos do Poder Executivo estadual também foram alvo da Operação Q.I. – Quem Indica – que recebeu esse nome em alusão à sigla informal “Quem Indica”, usada popularmente em referência às indicações de trabalho baseadas nas relações interpessoais e de amizade, não levando em consideração as habilidades e conhecimentos formais dos candidatos há uma vaga de trabalho.

A investigação se iniciou em 2020 por meio da análise do material que foi apreendido na operação Para Bellum, que apurou fraudes na compra de respiradores pelo Governo do Pará, durante a pandemia de covid-19.

A Polícia Federal informou que segue investigando os fatos.

Fontes extraoficiais e em off deram conta que os alvos da operação QI foram a Secretaria de Cultura do Pará (Secult-PA); os desembargadores do TJPA – e irmãos – Rômulo e Ricardo Nunes, além das desembargadoras Vânia Lúcia Carvalho da Silveira e Maria de Nazaré Gouveia, e a Procurador Geral do Estado do Pará, sendo que a PF não divulgou os nomes, mas no despacho da ministra Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighi, que determinou as buscas & apreensões, os nomes constam todos.

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