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COP 30 define temas centrais e grupos de liderança para articulação climática internacional

Conferência da ONU sobre clima será realizada em Belém e terá quatro círculos de liderança focados em financiamento, povos tradicionais, governança e mobilização global

A presidência da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) anunciou os quatro eixos temáticos prioritários que vão orientar os trabalhos do evento, marcado para ocorrer entre os dias 14 e 26 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Os temas centrais definidos são: financiamento climático, participação de povos e comunidades tradicionais, governança climática e mobilização global.

Para cada um desses temas, a organização estabeleceu círculos de liderança com representantes de governos e organismos internacionais. A proposta é apoiar a implementação do Acordo de Paris, promovendo ações climáticas contínuas além do período da conferência.

Mobilização global

O “Balanço Ético Global” será conduzido pelo presidente da COP 30, o embaixador André Corrêa do Lago, com o apoio do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o anúncio, esse eixo será sustentado por diálogos regionais que reúnem representantes de diferentes áreas sociais:

“Esses líderes terão o apoio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (ministra Marina Silva) e do enviado especial do Secretário-Geral da ONU para Ação Climática e Transição Justa.”

A mobilização ocorrerá por meio de debates, registros culturais, artísticos e documentos políticos, que serão apresentados durante a COP 30.

Financiamento climático

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ficará responsável pelo grupo denominado “Círculo de Ministros de Finanças”, que tem como meta estruturar o “mapa do caminho Baku-Belém”. O plano busca garantir o repasse de até 1,3 trilhão de dólares por ano, até 2035, a países em desenvolvimento.

A equipe reunirá representantes governamentais, especialistas, integrantes do setor privado e da sociedade civil para discussões periódicas.

Povos e comunidades tradicionais

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, liderará o “Círculo de Povos”. A iniciativa tem como objetivo ampliar a representação de indígenas, comunidades tradicionais e afrodescendentes junto à presidência da COP 30.

“A iniciativa, que será complementar às instâncias já existentes de participação desses grupos, tem entre seus objetivos garantir que os conhecimentos tradicionais sejam respeitados e mais integrados ao debate internacional sobre clima e em soluções climáticas”, explicou o embaixador André Corrêa do Lago.

Governança climática

O quarto círculo reunirá os presidentes das conferências climáticas realizadas desde a COP 21, realizada em 2015, quando foi assinado o Acordo de Paris. A proposta é reunir experiências acumuladas nos últimos eventos para fortalecer mecanismos de governança climática global.

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