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Casos de malária no Pará seguem em alta e somam mais de 3 mil registros em 2025

No Dia Mundial de Luta Contra a Malária, dados da Sespa mostram persistência da doença na região amazônica, com mais de 23 mil casos por ano desde 2023

A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) divulgou que, entre janeiro e fevereiro de 2025, foram registrados 3.130 casos de malária no estado. Os dados fazem parte do monitoramento anual da doença, que contabilizou 23.205 casos em 2024 e 23.788 em 2023.

O levantamento foi divulgado em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a Malária, celebrado em 25 de abril, data estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para destacar os desafios no controle da doença.

De acordo com a Sespa, são executadas ações como distribuição de insumos, capacitação de profissionais de saúde, apoio técnico a municípios e alinhamento de estratégias para prevenção e controle da malária no estado.

A malária é causada por parasitos do gênero Plasmodium e transmitida pela picada de fêmeas do mosquito Anopheles, também conhecido como mosquito-prego. A transmissão ocorre principalmente ao amanhecer e entardecer, mas também pode acontecer à noite.

Segundo o Ministério da Saúde, entre as principais medidas de prevenção estão as telas de proteção, mosquiteiros, utilização de repelentes, roupas que cobrem o corpo o máximo possível e também observar se o ambiente é propício à reprodução dos mosquitos.

A malária não é uma doença contagiosa e pode afetar qualquer pessoa. Em casos reincidentes, há possibilidade de o organismo desenvolver imunidade parcial, com sintomas atenuados. Contudo, não há imunidade completa conhecida.

Os sintomas mais comuns incluem febre alta, calafrios, dores de cabeça e musculares, aumento do baço e, em casos graves, alucinações, convulsões e risco de coma. A forma mais letal é causada pelo Plasmodium falciparum, podendo levar à malária cerebral.

A transmissão também pode ocorrer por transfusões de sangue, compartilhamento de seringas ou da mãe para o feto. O tratamento é gratuito pelo SUS e varia conforme a gravidade, a idade e o tipo de parasito identificado.

Medidas preventivas coletivas envolvem obras de saneamento, drenagem, controle de vegetação aquática e melhorias em habitação. A região amazônica concentra 99% dos casos de malária no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

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