
A morte de Kellen Taynara, jovem de 31 anos encontrada sem vida na manhã desta terça-feira (17) na baía do Guajará, em Belém, continua cercada de mistérios e suspeitas. Familiares e amigos da vítima, que prestaram depoimento na Seccional Urbana do Guamá, afirmam acreditar que a morte não foi acidental e pedem justiça.
Pedro Carvalho, amigo próximo e ex-cunhado da jovem, expressou indignação ao relatar contradições nos depoimentos das testemunhas que estavam na lancha no momento do desaparecimento. Segundo ele, os horários apresentados pelos presentes divergem e há muitas perguntas sem resposta.
“Desconheço a amizade dela com quem a convidou para o passeio. Se existia, era algo superficial, talvez pelas redes sociais. Estamos colaborando com a polícia para que esse crime seja reconhecido e os responsáveis punidos. A sensação é de revolta e angústia. É muito triste perder alguém tão jovem assim,” afirmou Pedro.
Indícios preocupantes
Uma tia de Kellen, presente na delegacia, comparou o caso ao de Yasmin, outra jovem vítima de um crime semelhante em Belém. Ela destacou que o corpo de Kellen apresentava hematomas, o que levanta questionamentos sobre as circunstâncias de sua morte.
“Pelo que estou vendo, o caso da minha sobrinha será mais um caso Yasmin. Não sei se vocês viram na foto, mas reparei que ela estava com hematomas pelo corpo,” disse a tia, emocionada.
A família acredita que as marcas no corpo e as inconsistências nos depoimentos reforçam a hipótese de que Kellen pode ter sido vítima de violência antes de desaparecer na água.
Contradições e investigação
A jovem estava em uma lancha com outras cinco pessoas — entre elas, o proprietário da embarcação, um marinheiro, duas mulheres e o homem que a convidou para o passeio. De acordo com uma testemunha, Kellen teria descido da lancha para se banhar no rio e foi levada pela correnteza.
Amigos e familiares, no entanto, questionam essa versão e afirmam que os relatos dos envolvidos apresentam contradições significativas. A polícia continua investigando o caso, ouvindo novas testemunhas e analisando os depoimentos.
Mobilização por justiça
A tragédia gerou comoção e revolta entre os amigos e familiares de Kellen, que estão se mobilizando para exigir uma apuração rigorosa. Eles planejam realizar atos públicos para chamar atenção ao caso e pressionar as autoridades por respostas.
“Queremos justiça para Kellen. Não vamos descansar até que os responsáveis sejam identificados e punidos. Nada trará ela de volta, mas precisamos de respostas,” declarou Pedro Carvalho.
O caso está sendo conduzido pela Polícia Civil do Pará, que promete investigar todas as linhas possíveis, incluindo a hipótese de crime. .