Marcelle Decothé da Silva, assessora especial de assuntos estratégicos do Ministério da Igualdade Racial, foi demitida da pasta na última terça-feira, 26. Sua demissão veio após ter proferido ofensas à torcida do São Paulo Futebol Clube durante uma agenda oficial junto à ministra Anielle Franco no último domingo.
“Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade… pior de tudo pauliste”, escreveu a assessora nas suas redes sociais, usando adjetivos em linguagem neutra. As declarações repercutiram mal e a ministra telefonou para os presidentes do São Paulo e da torcida Independente para pedir desculpas.
Em uma nota oficial, o Ministério da Igualdade Racial afirmou que as declarações públicas da servidora estavam em claro desacordo com as políticas e objetivos da pasta. A demissão de Decothé foi decidida para evitar que atitudes não alinhadas a esse propósito interferissem no cumprimento da missão institucional do Ministério. A ex-assessora ocupava o cargo de chefe da assessoria especial da pasta.
Para apurar a conduta de Marcelle Decothé da Silva e de outras assessoras da pasta envolvidas, foi criado um comitê interno. Esse comitê, chamado Comitê de Integridade, Transparência, Ética e Responsabilização, é uma instância interna de debate sobre situações que envolvam transparência, integridade pública, ética e questões disciplinares abrangentes. Este comitê será responsável por investigar o caso.
Além de Decothé, outras funcionárias do Ministério foram vistas em publicações debochando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
