“Às vezes dói, porque eu sou daqui”, desabafa Fafá de Belém sobre críticas ao Varanda de Nazaré
Fafá de Belém desabafa sobre críticas à Varanda de Nazaré, que em sua 14ª edição celebra o Círio e promove a cultura e economia do Pará, além de anunciar o 2º Fórum Amazônico.
A cantora Fafá de Belém abriu o coração ao falar sobre as críticas que recebeu ao longo dos 14 anos da Varanda de Nazaré, projeto que criou para destacar a grandiosidade do Círio de Nazaré e atrair novos olhares para o Pará. A iniciativa, que faz parte do calendário oficial do Círio, de 10 a 13 de outubro, emprega mais de 1.500 pessoas e tem como objetivo promover a cultura e economia do estado.
O desejo de Fafá era transformar o Círio de Nazaré em um evento que, além de sua importância religiosa, impulsionasse o desenvolvimento cultural e econômico de Belém. Inspirada pelos camarotes do Carnaval da Bahia, a cantora encontrou no amigo Maurício Magalhães o apoio necessário para colocar seu sonho em prática. “Queria que olhassem para a gente e, a partir daí, pudessem se interessar em trazer negócios”, explicou Fafá.
Com o crescimento do projeto, a Varanda de Nazaré se consolidou como um evento que emprega centenas de trabalhadores, de garçons a produtores. No entanto, o caminho até esse sucesso foi marcado por desafios e críticas. “Eu sofri muito no começo, depois comecei a sofrer eventualmente. Às vezes dói, porque eu sou daqui”, desabafou a cantora, que nos primeiros anos precisou investir o dinheiro dos próprios shows para manter o projeto.
Convidados e Fórum Amazônico
Para a edição de 2024, Fafá já confirmou grandes nomes para a Varanda de Nazaré, como Dira Paes, Paulo Vieira, Luís Lobianco, Leona Cavalli e o cineasta Carlos Saldanha. A atriz Alane Dias, ex-BBB, será a madrinha do evento. Além da Varanda, Fafá também organizará o 2º Fórum Amazônico, nos dias 8 e 9 de outubro, com o objetivo de promover debates sobre a Revolução da Cabanagem e a valorização da cultura amazônica. O evento contará com a presença de intelectuais como João de Jesus Paes Loureiro, Michel Pinho e Edyr Augusto. A participação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ainda está por ser confirmada.
Valorização da cultura amazônica
Para Fafá, a cultura paraense é plural e diversa, com suas músicas ecoando os sons das águas e das tradições da região. Ela ressalta a importância de a própria população amazônida reconhecer e valorizar essa riqueza cultural, reforçando que o protagonismo deve vir de dentro. “Nós não podemos ser retirados da festa onde somos anfitriões”, afirmou, destacando a necessidade de reconhecimento da força cultural do Pará.