CULTURA PARAENSENOTÍCIASParáREGIONAL

Artistas que não nasceram no Pará, mas que levam nossa cultura para o Brasil

O Pará é um universo cultural singular dentro do Brasil, conhecido por sua autenticidade e exotismo, o que faz um local de grande apreço. Essa singularidade conquistou admiradores de nossa cultura em todo o país. Surpreendentemente, muitas pessoas não sabem que alguns dos artistas que hoje levam o nome do Pará para o cenário nacional não são naturais do estado, mas construíram suas carreiras aqui e têm um profundo amor pela cultura paraense. Abaixo, apresentamos alguns desses talentosos artistas:

1 – Rolon Ho

Nascido em Caiena, na Guiana Francesa, em 1984, o coreógrafo Rolon Ho mudou-se para o Brasil quando era criança, e desde então se apaixonou pela cultura do Pará, considerando-se um paraense de coração. Sua jornada começou em Belém, onde estudou na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Paulino de Brito, no bairro do Marco. Foi nesse ambiente que ele descobriu sua paixão pela dança ao participar de um projeto social.

Hoje, em Belém, Rolon Ho é o fundador da Cia Cabanos, uma renomada escola de dança. Ele também ganhou destaque como bailarino profissional na banda paraense Sayonara (2003-2004) e, posteriormente, como membro do balé da Banda Calypso, gravando CDs e DVDs. Em 2023, ao lado da atriz Priscila Fantin, Rolon conquistou o título de campeão da Dança dos Famosos 2023, da TV Globo.

Rolon Ho, Luciano Huck e Priscila Fantin. Foto: TV GLOBO

2 – Manu Bahtidão

Manu Bahtidão, conhecida por ser ex-vocalista da Banda Batidão, alcançou reconhecimento nacional com a música “Daqui Pra Sempre”, em colaboração com Simone Mendes, que se tornou uma das canções mais ouvidas do Brasil. Esse feito, 17 anos após o início de sua carreira, foi celebrado emocionalmente por Manu nas redes sociais.

Emanuella Tenório Rocha, natural de Major Izidoro, Alagoas, e com 36 anos de idade, começou sua carreira como cantora profissional aos 14 anos, perseguindo um sonho que nutria desde os 9. Em 2005, Manu se destacou ao se tornar a vocalista de uma banda de Calypso em Recife, Pernambuco, e, em 2009, assumiu a liderança da Banda Batidão, conhecida por mesclar ritmos paraenses, como o “melody”.

A banda alcançou grande sucesso no país e se tornou um dos expoentes do tecnobrega, com a gravação de 3 CDs e 2 DVDs. Em 2021, sua canção “Apaixonada” ganhou uma reinterpretação nas vozes de Pabllo Vittar no álbum “Batidão Tropical”. Apesar do sucesso, em 2015, Manu optou por seguir carreira solo, continuando a sua jornada na música.

Manu Bahtidão e Simone Mendes. Foto: Reprodução

3 – Lia Sophia

Nascida em Caiena, na Guiana Francesa, Lia Sophia foi criada na região Norte do Brasil, passando por Macapá, Amapá, e Belém, onde decidiu dedicar sua vida à música. Apaixonada por Belém, Lia sente que sua mudança para São Paulo ocorreu tardiamente, especialmente após ganhar visibilidade no Brasil em 2012 com a música “Ai, menina”, tema de uma novela da Rede Globo ambientada no estado. O desejo da artista é ver Belém se tornar um polo nacional de produção cultural, assim como o carimbó se tornar um ritmo reconhecido em todo o país, similar ao forró.

A sonoridade da carreira de Lia Sophia é enriquecida com ritmos como o carimbó, marabaixo (batuque do Amapá) e zouk (música dos crioulos de Caiena). Filha de paraenses, ela cresceu imersa na música tradicional dessas regiões e continua a visitar esses lugares até hoje.

Lia Sophia em participação especial na novela A Força do Querer. Foto: TV Globo

4 – Keila Gentil

Keila Gentil ganhou projeção nacional quando fez parte da Gang do Eletro, incluindo uma participação na abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Em sua carreira solo, a cantora aprofundou sua exploração dos ritmos do Norte do Brasil, misturando gêneros como cumbia com elementos da pisadinha e incorporando o ragga/reggaeton à guitarrada do Pará, resultando em um groove de Dancehall.

Nascida em Manaus, Keila Gentil descobriu sua paixão pela música ainda na infância, atuando como solista no coral infantil da igreja. Aos 13 anos, ingressou no coral juvenil lírico do estado do Amazonas, e aos 15 anos, mudou-se para o Pará, onde se envolveu em várias bandas locais até ser convidada a liderar os vocais da Gang do Eletro.

Keila Gentil na Gang do Eletro. Foto: Reprodução

5 – MC Dourado

MC Dourado, sem dúvida, é um dos nomes mais comentados nas festas de aparelhagens. Sua parceria com a DJ Meury e as aparelhagens do Pará o elevaram ao status de ícone no estado, acumulando mais de 15 anos de carreira. No entanto, o sucesso só veio para o cantor em 2016.

“Eu vim sozinho para cá, com uma pequena mala, e me apaixonei por esse estado. Hoje, construí minha vida aqui e consigo ajudar minha família em São Paulo”, compartilha o funkeiro.

“É da dentada que elas gostam” explodiu nas festas do Pará, e MC Dourado começou a colher os frutos de seu trabalho. Após enfrentar desafios e momentos difíceis, o cantor finalmente viu seu sucesso se concretizar. Além do Pará, ele já se apresentou em Macapá e São Luís, com convites para shows em Brasília, Minas Gerais e Curitiba, tudo graças ao sucesso de “É da dentada que elas gostam”.

Em 2018, MC Dourado levou o tecnobrega a ganhar um clipe oficial no canal Kondzilla. Foto: Reprodução

Etiquetas

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar