Araceli Lemos (PSOL) chama professores de Belém de terroristas; SINTEPP lança nota de repúdio
Choque entre professores da rede municipal de Belém e os gestores da Secretaria de Educação (SEMEC) sob as asas de Edmilson Rodrigues (PSOL).
No último dia 17 de janeiro, professores protestaram por seus direitos durante a jornada ‘Jornada pedagógica da rede municipal de educação’ que acontecia no Centur. Chamou a atenção, porém, que e a inabilidade política da diretora-geral de Educação de Belém, professora Aracelli Lemos, que chamou os professores da rede pública de “terroristas” e “gados bolsonaristas” fazendo alusão aos ‘invasores’ da Praça dos Três Poderes, em Brasília, dias atrás.
Os professores estavam reivindicando o pagamento de um direito, e cobravam da prefeitura e da SEMEC uma posição.
Nota de repúdio publicada ontem pelo Sintepp repudia e acusa a Prefeitura de Belém, através de sua diretora de Educação, de ter atacado covardemente os professores com uma atitude ‘infeliz e desrespeitosa’. Afirma que ‘manifestação pública é um direito’ e que, no evento ocorrido no Centur – a “Jornada pedagógica’ -, não houve depredações, incêndios e nem roubo; não feriu e nem foi uma tentativa de golpe, como ocorreu em Brasília. “Questionar não é crime, questionar não é ação da ultradireita bolsonarista: questionar e exigir é um princípio dos trabalhadores e trabalhadoras”, diz a nota, que exige “a saída desta senhora da Secretaria de Educação de Belém, pois ela não merece respeito e consideração da categoria”.
VEJA NOTA COMPLETA:
NOTA DE REPÚDIO DO SINTEPP BELÉM
LUTAR NÃO É CRIME!
Trabalhadoras/es em educação do município de Belém não são “gado” e não aceitam ser acusados de terroristas bolsonaristas.
A categoria dos profissionais da educação pública do município de Belém foi covardemente atacada pela diretora da Semec, Sra Araceli Lemos, no seu primeiro dia de jornada pedagógica, numa atitude infeliz e desrespeitosa, tendo comparada uma ação de repúdio, diante da notícia de não pagamento de um direito da categoria, à ação de vandalismo e barbárie ocorrida em Brasília, pelos raivosos da ultra direita, adeptos do bolsonarismo.
A manifestação pública é um direito e a que ocorreu no prédio do Centur por professoras/es no dia 17/01 não depredou, não queimou, não roubou, não feriu e nem foi uma tentativa de golpe, isso sim, ocorreu em Brasília e foram atos terroristas. Bem diferente de se posicionar contrariamente e exigir mudanças.
Questionar não é crime, questionar não é ação da ultra direita bolsonarista, questionar e exigir é um princípio dos trabalhadores e trabalhadoras.
Exigimos a saída desta senhora da secretaria de educação de Belém, pois ela não merece respeito e consideração de nossa categoria.
O Sintepp Belém seguirá defendendo direitos e manterá sua pauta de reivindicações, com pagamento integral do piso salarial, equiparação do salário mínimo aos profissionais não docentes, pois esse governo eleito por todos nós, que lutamos, deve assegurar tais direitos.
Nossa bandeira de luta seguirá firme e não vamos admitir autoritarismo, intransigência e arrogância dessa senhora e de nenhuma pessoa.
Exigimos também a retratação imediata da diretora/assessora de educação para com a nossa categoria, Que o prefeito de Belém seja sensível, humano e solidário com a categoria que sempre o apoiou. Fora Araceli e toda e qualquer pessoa e governo que queira calar a democracia e a voz das trabalhadoras e trabalhadores. Coordenação do Sintepp Belém



