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Após protestos de professores, Edmilson diz que pagar piso gastaria todos os recursos da educação

O prefeito de Belém parece que resolveu invocar as leis básicas da economia: você não pode gastar mais do que ganha (salário) ou, no caso da administração pública, não pode gastar mais do que arrecada, senão compromete outras áreas e diminui a capacidade de investimentos, o que faz uma enorme diferença em uma cidade como Belém, com problemas crônicos para ser resolvidos.

Na manhã desta terça-feira (22), professores da rede municipal protestaram contra o prefeito na frente do seu gabinete, na avenida Nazaré. Os professores reivindicam o pagamento do piso salarial que foi reajustado em 33,24% no início do mês pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Desde então, Edmilson vem tentando sair pela tangente com relação a assumir a responsabilidade com os professores, principal cabo eleitoral do atual prefeito. Quando era deputado, Edmilson criticava o governo do Estado e a própria administração de Zenaldo Coutinho com relação ao pagamento do piso salarial dos professores.

Ora, o questionamento é claro: Jatene, Zenaldo ou qualquer outro gestor que o PSOL não goste, não pagavam o piso porque não gostavam dos professores ou porque tinham lei de responsabilidade fiscal a cumprir?

Bom, o próprio prefeito deu a resposta hoje, após entrar em negociação com os professores que fizeram protesto na sua porta. Edmilson disse que “pagar o piso, mantendo o mesmo formato de gratificações e adicionais, teríamos que gastar todos os recursos destinados à educação em 2022, o que comprometeria o funcionamento das escolas, transporte, material didático, entre outros”.

Sim, ele sabe que não pode satisfazer totalmente o desejo dos professores, isto é, o aumento de 33,24% no piso, pois isso comprometeria outros gastos de educação, por outro lado, quando era oposição, essas ponderações não existiam, pois a intenção era criticar por criticar, em outras palavras, fazer populismo barato.

Agora que tem um orçamento limitado para administrar, o prefeito enxerga que não pode oferecer tudo a todos, correndo o risco, de colocar as contas da cidade em colapso. Edmilson coloca propostas aos professores, que podem ser resumidas em: dar de um lado, retira do outro. Resta saber se os professores vão aceitar..

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