
Um agente de trânsito de Ananindeua se apresentou à Polícia Civil na noite de segunda-feira (1º), em Belém, após quase uma semana foragido. Ele é investigado por corrupção e associação criminosa, suspeito de integrar um esquema que vendia informações sobre fiscalizações e cobrava valores para liberar veículos apreendidos.
A investigação ganhou força após a deflagração de uma operação que resultou na prisão de outros suspeitos, entre eles a esposa do servidor, integrante da Aeronáutica, investigada por possível participação em ações de lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Civil, o grupo atuava com apoio de policiais militares e de outros agentes públicos.
Esquema envolvia alertas de blitzes e cobrança a motoristas
As apurações indicam que o grupo atuava repassando dados sobre blitzes e operações de trânsito para motoristas, interferindo no trabalho de fiscalização. O esquema também envolvia cobranças indevidas a motoristas de vans na Região Metropolitana de Belém, o que ampliava a rede criminosa para além do setor de trânsito.
A operação destacou ainda que as práticas ilegais facilitavam a atuação de facções criminosas na região, ampliando o alcance do esquema.
Servidor é exonerado e processo interno é aberto
A Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SEMUTRAN) informou que o agente investigado foi exonerado e que instaurou procedimento interno para verificar se outros servidores participavam das irregularidades.
Após se entregar, o agente foi encaminhado a uma unidade penitenciária, onde permanece à disposição da Justiça. A Polícia Civil continua com as diligências e não descarta novos desdobramentos.
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