O dia 01 de julho é uma data significativa para os órgãos de saúde, pois é considerado o Dia da Vacina BCG (sigla de Bacillus de Calmette y Guérin), que há 100 anos passou a ser utilizada no combate à tuberculose em Paris, quando foi desenvolvida no Instituto Pasteur. No Brasil, o imunizante está disponível desde 1976, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que é indicada para recém-nascidos e para crianças até 4 anos.
Apesar de proteger contra a tuberculose, doença contagiosa que pode levar à morte, mas infelizmente o que se observa é a queda da cobertura vacinal da BCG no Brasil nos últimos dois anos. De acordo com dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, a taxa de cobertura da vacina BCG, que foi de 99,72% da população indicada em 2018, caiu para 86,67% em 2019 e chegou a 73,38% em 2020, uma queda de 26,4% em dois anos.
O presidente da Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (FENAESS), Breno Monteiro, refroça a importância de alertar a população sobre a imunização de doenças que, até então, estavam controladas. “Apesar de o Brasil ter um programa Nacional de Imunização que é referenciado no mundo, por sempre ter tido altas taxas de cobertura, com uma inclusão ampla de imunizantes, o que se vê é que nos últimos cinco anos a queda na taxa de cobertura das principais vacinas dos recém-nascidos e idosos, e isso faz com que haja o ressurgimento de doenças que estão sob controle”, avalia.
A vacinação no país já foi eleita sucessivamente uma das dez maiores conquistas da saúde pública no último século, sendo responsável por uma redução da morbidade e mortalidade por doenças infecciosas em todo o mundo.
O Instituto de Estudos para Políticas de Saúde apresentou um relatório acerca da Cobertura Vacinal do Brasil nos últimos anos e fornece um panorama da situação em 2020, onde, exceto a pentavalente, todas as demais vacinas apresentaram quedas preocupantes de cobertura nesse último ano. A maior queda foi da cobertura vacinal de hepatite B em crianças de até 30 dias, com uma perda de 16 pontos percentuais, seguida pela BCG e Tríplice Viral (primeira dose), que sofreram reduções de aproximadamente 14 e 15 pontos percentuais, respectivamente. Com exceção da pneumocócica, os percentuais de cobertura de todas as vacinas analisadas foram inferiores a 80% em 2020.
Com informações CNN*
