O Museu Paraense Emílio Goeldi suspendeu temporariamente a visitação ao Parque Zoobotânico, em Belém, após a morte de uma ave da espécie mutum-cavalo (Pauxi tuberosa) que apresentava sinais respiratórios. O caso ocorreu na terça-feira (11) durante atendimento da equipe veterinária. A medida segue protocolos de biossegurança definidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), diante da suspeita de infecção por gripe aviária (vírus H5N1).
Segundo nota oficial do Museu, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) foi notificada imediatamente após o óbito e realizou a coleta de material biológico na manhã de quarta-feira (12). As amostras foram encaminhadas para análise em laboratório credenciado pelo Mapa. O resultado dos exames laboratoriais deve ser divulgado em até 72 horas.
Medidas preventivas e monitoramento
A instituição informou que todas as ações de prevenção estão sendo adotadas com base nos protocolos nacionais. A suspensão da visitação visa proteger os demais animais mantidos no local e reduzir riscos em caso de confirmação da doença. Até a divulgação dos laudos, o parque seguirá fechado ao público.
A Adepará reforçou que o estado do Pará não possui registros confirmados de gripe aviária. A ocorrência no Museu é considerada suspeita e está sendo tratada com atenção devido ao potencial de disseminação do vírus em ambientes de cativeiro.
Situação da gripe aviária no Brasil
Desde 2023, o Brasil registra casos de gripe aviária em aves silvestres, especialmente em áreas litorâneas. Em maio de 2025, foi registrado o primeiro caso em uma granja comercial no município de Montenegro (RS), o que gerou impacto sobre o mercado de exportação de produtos avícolas.
A gripe aviária é uma zoonose viral que afeta aves domésticas e silvestres, podendo ocasionalmente infectar mamíferos e humanos. A transmissão ocorre por contato com fezes, secreções ou superfícies contaminadas. Os principais sinais clínicos em aves incluem comprometimento respiratório, apatia e morte súbita.
Monitoramento contínuo
O Museu Goeldi informou que segue monitorando os demais animais e adotando medidas de controle sanitário. Novas atualizações serão divulgadas à medida que os resultados forem conhecidos. A instituição também reforça que permanece em contato com os órgãos oficiais de vigilância agropecuária e saúde animal.
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