Coluna

 Úrsula Vidal, Perseguição Política e o Proselitismo Ideológico Descarado

Um relato pessoal de perseguição institucional e midiática

Por Eduardo Cunha

Após a circulação nas redes sociais de um vídeo verdadeiramente constrangedor, digno de um cabaré, captado durante a Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, a Secretaria de Cultura do Estado do Pará e a própria Secretária de Cultura, Úrsula Vidal, defensora da tolerância e da diversidade, foram forçadas a pedirem desculpas publicamente e anunciar o afastamento da “dançarina” envolvida, tentando assim se eximir de qualquer responsabilidade.

Ou seja, a culpa foi toda da moça embuce……do pole dance.

Essa justificativa é, no mínimo, ofensiva, pois presume que todos nós somos ingênuos. A Secretária, ou sabia exatamente do que se tratava a apresentação—o que é bastante provável—ou não sabia, o que revela uma total e completa incompetência da sua parte.

No entanto, engana-se quem acredita que este episódio lamentável foi apenas um incidente isolado ou um simples descuido, como a Secretária classificou como “um breve momento de nossa programação”. Há tempos, a Feira do Livro tem servido como um espaço para a difusão ideológica, e o que é ainda mais preocupante é que isso ocorre em um ambiente frequentado por crianças e adolescentes

Deixo claro que não  aceito ser rotulado como “moralista”, “bolsonarista”, “fascista” ou qualquer outra etiqueta similar pelos críticos de plantão. A questão não é o tema ou a forma, mas sim o local e o motivo por trás dessa situação.

A verdade é que, desde que assumiu o cargo e transformou a Feira do Livro na Feira das Multivozes, a Secretária de Cultura, Úrsula Vidal, em vez de promover igualdade e respeito entre gêneros e identidades afetivas, tem praticado um proselitismo ideológico descarado.

Querem um exemplo? Em 2019, publiquei neste portal uma matéria informativa sobre uma palestra sobre a “cultura queer”, que sustenta que as pessoas nascem sem gênero definido e que este só se configura por imposição cultural, que seria apresentada na Feira do Livro. Para ilustrar a matéria, usei uma imagem da exposição Queermuseu, realizada no Santander no Rio de Janeiro.

A foto era meramente ilustrativa e foi escolhida porque consideramos que representava a cultura queer. (esta que usamos nesta publicação). Confesso que, até hoje, não vejo problema nisso, pois, como mencionei anteriormente, a matéria apenas informava sobre a realização de uma palestra sobre a cultura queer, e nada mais.

No entanto, a embaixatriz das multivozes parece não ter pensado da mesma forma. Qual não foi a minha surpresa ao ver, poucos dias depois, uma publicação da Polícia Civil do Pará rotulando meu texto como “fake news” e anunciando que estava iniciando uma investigação. Acredito que este seja o primeiro caso em que a polícia investiga alguém e faz o anúncio nas redes sociais antes mesmo de notificar o investigado.

Era a primeira vez que eu me deparava com o dragão de duas cabeças, à minha frente, personificando a perseguição institucional e midiática cuspindo fogo. Felizmente, nem esses seres míticos nem os ditadores são eternos.

Em seguida, iniciou-se o bombardeio de notícias pela máquina barbalhista, dedicada a destruir reputações. Primeiro, uma nota apareceu no ‘Repórter Diário’, seguida, como era de se esperar, por outra no DOL.”

Qual minha surpresa ao ver agora a Secretária Úrsula Vidal se desculpando e demitindo funcionários por algo que há muito tempo já faz a olhos vistos: proselitismo ideológico. Ela até mandava prender quem ousasse critica-la. Pelo visto, tanto ela quanto os ‘dragões’ parecem temer algo muito mais poderoso do que eles próprios: a opinião pública.

Obs: a foto é apenas ilustrativa.

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