Conferência das Baixadas começa nesta sexta-feira, 15, e segue até o dia 17 de março
Com a proposta de aprofundar o debate ambiental nos territórios periféricos da capital paraense, a II Conferência das Baixadas ocorre nos dias 15 e 16 de forma online no canal do Youtube e, no dia 17 de março, presencialmente na Escola Bosque, na Ilha de Caratateua, Distrito de Outeiro. Nesta edição, os eixos temáticos da programação giram em torno do Acordo de Escazú, o primeiro tratado ambiental da América Latina e do Caribe, que aborda aspectos como: Direito à informação e acesso; defesa do meio ambiente e seus defensores; e democracia e participação popular. O evento é gratuito mediante inscrição prévia online neste link.
O evento-piloto de Conferência das Baixadas sobre mudanças climáticas surgiu em 2023, com a intenção principal de tornar as discussões, debates e temáticas alcançadas pela crise climática mundial mais próxima do cotidiano das pessoas, em especial dentro das periferias que são, historicamente, as mais atingidas pelos desdobramentos da crise no cotidiano. No seu segundo ano, traz como lema “as periferias amazônicas no centro do debate climático” como proposta de ampliação e aprofundamento do debate ambiental nestes territórios. Popularmente conhecida como “COP das Baixadas”, é um espaço de discussão, planejamento e de protagonismo das periferias em espaços e fóruns de construção de políticas públicas a partir da união de atores, coletivos e organizações de base comunitária das periferias amazônicas, sobretudo de Belém, cidade sede da 30a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).
“O Acordo de Escazú é crucial para promover a participação pública, o acesso à informação ambiental e a justiça em questões ambientais na América Latina e no Caribe. As temáticas abordadas na COP das Baixadas, relacionadas ao acordo, são essenciais para empoderar as comunidades periféricas de Belém, proporcionando-lhes meios para protegerem seus direitos ambientais, participarem das decisões que afetam seu entorno e terem acesso a informações sobre questões ambientais que impactam diretamente suas vidas e saúde. Isso se conecta com as realidades das comunidades periféricas de Belém, onde frequentemente enfrentam desafios ambientais, como poluição, desmatamento e falta de acesso a recursos naturais. A implementação efetiva do Acordo de Escazú pode ajudar a garantir que essas comunidades tenham voz e recursos para lidar com tais questões”, afirma a representante institucional da COP das Baixadas, Waleska Queiroz.
Em 2018, em Escazú, na Costa Rica, os governos da América Latina e do Caribe aprovaram um acordo regional para promover transparência ambiental, acesso à justiça, participação social e proteção a defensores do meio ambiente. Um tratado essencial para a governança ambiental, combate de crimes e corrupção, impactando diretamente na redução do desmatamento e emissões de gases estufa, sendo também o primeiro tratado internacional a prever mecanismos específicos de proteção a defensores ambientais. O Acordo de Escazú já foi ratificado por 12 países, e apesar do Brasil ter assinado o acordo em setembro de 2018, o Executivo Federal ainda não enviou o acordo ao Congresso Nacional para que seja ratificado.
SERVIÇO
2° Conferência das Baixadas
Quando: 15, 16 e 17 de março
Onde: Online no canal do Youtube da COP das Baixadas e presencialmente na Escola Bosque, Av. Nossa Sra. da Conceição – São João do Outeiro (Outeiro), Belém – PA, 66840-450
Inscrição: https://forms.gle/kK1wJzpMvGnQ77FNA
Redes Sociais: @copdasbaixadas
Site: copdasbaixadas.org
📌 Confira a programação completa:
🔶 DIA 15 – VIRTUAL
10h – 11h30 – Mesa de abertura: 2o edição da COP das Baixadas
15h – 16h30 – O acordo de Escazú e defesa da Democracia na América Latina e Caribe: perspectivas partindo de periferias da Amazônia (Mandí + Mapinguari + Seja Democracia)
17h – 18h30 – Fortalecimento institucional e sustentabilidade das organizações e coletivos de comunicação periférica no combate a desinformação socioambiental. (NA CUIA)
🔶DIA 16 – VIRTUAL
9h – 10h30 – Intermodalidade nas ilhas e transporte fluvial. (ParáCiclo)
11h – 12h30 – Racismo Ambiental pela ótica de Mulheres Amazônidas (Negritar + CEDENPA)
14h – 15h30 – Soluções ancestrais: movimentos territoriais já existentes em espaços de resistência. (Gueto HUB)
16h – 17h30 – Lançamento da pesquisa da Aliança de Juventude por Governança Energética (Palmares Lab)
18h – 19h30 – Mulheres na linha de frente ao combate da crise climática e em defesa do meio ambiente (Gueto HUB + Rede Jandyras)
🔶DIA 17 – PRESENCIAL
9h – Início da programação/credenciamento
10h – 11h30 – Oficina de restauração e economia circular + Exposição de Peças (Jandyras
+ fórum de mudanças climáticas)
10h – 11h30 – Oficina de Metareciclagem (Na Cuia)
10h – 11h30 – Oficina de Rua: Graffiti e Conscientização Ambiental (CEDENPA)
11h30 – 13h – Almoço
13h – 14h30 – Museus de Base comunitária: Movimento popular, Memória e Ancestralidade
na Defesa de Territórios (Gueto Hub)
13h – 14h30 – Oficina de compostagem de lixo orgânico (ParáCiclo)
13h – 14h30 – Novo polígono da COP: Baixadas norteando o debate climático na COP 30.
(Comissão executiva)
14h30 – 16h – Crianças e jovens no debate climático (vila da barca + miri + gueto)
14h30 – 16h – Cultura Popular e Arte de Rua em Defesa dos Territórios Amazônidas (Gueto
Hub + Na cuia)
14h30 – 16h – Desmistificando Conceitos Complexos (CEDENPA)
16h – 18h – Fórum de Desconferência
18h – 20h – Programação cultural
20h – Encerramento



