Vitória de “Ainda Estou Aqui” no Oscar marca novo capítulo para o cinema brasileiro
Filme de Walter Salles conquista Melhor Filme Internacional e recebe aclamação da mídia estrangeira, reforçando a presença do Brasil no cenário cinematográfico global.
A vitória de Ainda Estou Aqui no Oscar 2025 como Melhor Filme Internacional consolidou um marco inédito para o cinema brasileiro e gerou forte repercussão na imprensa mundial. A produção de Walter Salles, que retrata a busca de Eunice Paiva por respostas sobre o desaparecimento do marido durante a ditadura militar, superou concorrentes de peso e garantiu ao Brasil sua primeira estatueta na categoria.
Veículos como The Guardian descreveram o feito como “um momento histórico para o Brasil no Oscar”, destacando que o longa desbancou Emilia Pérez, considerado favorito. A agência Reuters ressaltou o impacto do prêmio para a indústria cinematográfica nacional, descrevendo o filme como um “testemunho poderoso da resiliência de um país que enfrenta seu passado”.
Já o New York Times enfatizou a comoção popular que o filme gerou, principalmente com a performance de Fernanda Torres, indicada ao prêmio de Melhor Atriz. A atriz, cuja imagem virou fantasia no Carnaval, brincou em entrevista: “É o auge da fama no Brasil”.
A Variety apontou que a vitória foi aguardada por décadas, lembrando que Walter Salles já havia sido indicado ao Oscar em 1999 por Central do Brasil. Durante seu discurso, o diretor dedicou a conquista a Fernanda Torres e sua mãe, Fernanda Montenegro, a primeira brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz.
O impacto político do filme também foi tema de análise. Segundo The Hollywood Reporter, a obra reacendeu debates sobre os crimes da ditadura militar e reforçou o peso do cinema brasileiro no cenário internacional. O jornal argentino La Nación destacou a surpresa da vitória e sua importância para a história do Oscar.
Com essa conquista, Ainda Estou Aqui não apenas inscreve o Brasil na história da premiação, mas também fortalece o reconhecimento do país no cinema mundial. Como sintetizou o New York Times, “o mundo finalmente está ouvindo o que o Brasil tem a dizer”.
