
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, na Itália. A prisão foi executada com base em ordem expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou, em 7 de junho, a execução imediata da pena de 10 anos de prisão em regime fechado.
Mais cedo, o deputado italiano Angelo Bonelli informou nas redes sociais ter localizado o endereço onde Zambelli estaria hospedada em Roma e repassado as informações à polícia local. “Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia e, neste momento, a Polizia está identificando Zambelli”, declarou Bonelli no X.
A parlamentar deixou o Brasil em maio, inicialmente viajando para os Estados Unidos e, depois, para a Itália, onde possui cidadania. Em 3 de junho, Zambelli anunciou publicamente sua saída do país. No dia seguinte, a Polícia Federal solicitou a inclusão do nome da deputada na difusão vermelha da Interpol, que alerta as polícias de 196 países sobre fugitivos procurados internacionalmente.
Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além da prisão, a decisão de Moraes determinou a perda do mandato e o pagamento de R$ 2 milhões em danos materiais e morais.
O hacker Walter Delgatti Neto, que teria agido em parceria com a deputada, também foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, além do pagamento solidário da multa e da declaração de inelegibilidade por 8 anos para ambos.
As investigações apontaram que Zambelli utilizou sua estrutura parlamentar para facilitar o ataque cibernético, inserindo documentos falsos no sistema oficial do Judiciário. O ato foi classificado como tentativa de constranger ministros do STF.



