UPAs do Jurunas e da Terra Firme retomam atendimentos, após prefeitura de Belém pagar médicos
Na tarde da última terça-feira (24), a Prefeitura de Belém anunciou que três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que estavam paralisadas devido a uma greve dos médicos, retomaram seus atendimentos. Contudo, o Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) confirmou que apenas duas das unidades voltaram a funcionar plenamente.
De acordo com o Sindmepa, os profissionais optaram por retomar o atendimento nas UPAs do Jurunas e Terra Firme. A situação da unidade da Marambaia ainda permanece indefinida, de acordo com informações do sindicato.
Vale ressaltar que os médicos que prestam serviços nas UPAs não são diretamente remunerados pela Prefeitura de Belém. Os pagamentos são intermediados por Organizações Sociais (OS), que tiveram seus repasses regularizados pela administração municipal na terça-feira.
O Sindmepa destacou que, embora as OSs ainda não tenham efetuado o pagamento dos médicos, estes decidiram retornar ao trabalho “na esperança de que a situação seja regularizada”.
O Sindicato dos Médicos lamentou a necessidade de uma paralisação, afirmando que é somente após a greve e o consequente prejuízo à população que o município realizou os pagamentos pelos serviços prestados pelos médicos. Eles enfatizaram que, como qualquer outro profissional, dependem da remuneração pelo trabalho para sustentar suas famílias.
A manifestação dos médicos, que teve início na sexta-feira (20), tinha como principais reivindicações o pagamento de salários atrasados, que já somavam cerca de três meses, e melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde.
De acordo com o Sindmepa, a greve contou com a adesão de aproximadamente 70% dos médicos, enquanto 30% continuaram atendendo a população nos casos mais graves, visando minimizar os impactos da paralisação.
As três UPAs afetadas pela greve são a da Marambaia, Terra Firme e Jurunas. A UPA da Marambaia e a UPA do Jurunas são geridas pela InSaúde, com sede em São Paulo, enquanto a UPA da Terra Firme é gerida pelo Instituto de Apoio ao Desenvolvimento da Vida Humana (IADVH), com sede no Maranhão.
