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Lula demite presidente da Caixa Econômica Federal após negociação com o Centrão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a demissão da presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, durante uma reunião realizada no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 25 de outubro. O Terra teve acesso a um comunicado da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) no qual Lula agradeceu a Rita Serrano pelo seu trabalho e dedicação no exercício do cargo.

O nome escolhido para assumir a presidência do banco é o do economista Carlos Antonio Vieira Fernandes. Ex-diretor-presidente da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), Fernandes foi indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Este movimento é interpretado como uma ação de Lula para acomodar o Centrão em sua base aliada, já que Carlos Antonio Vieira Fernandes possui ligações com o Partido Progressista (PP) de Arthur Lira. Fernandes chegou a assumir interinamente o Ministério das Cidades às vésperas do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.

O comunicado da Secom destaca que o governo federal nomeará Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência do banco, com a intenção de dar continuidade ao trabalho da Caixa Econômica Federal na oferta de crédito na economia e na execução de políticas públicas em diversas áreas sociais, culturais e esportivas.

Rita Serrano, durante sua gestão, desempenhou um papel importante na recuperação da gestão e cultura interna da Caixa Econômica Federal, valorizando o corpo de funcionários e reforçando o papel do banco em políticas sociais. Além disso, a instituição aumentou sua eficiência e rentabilidade, expandindo os financiamentos em setores como habitação, infraestrutura e agronegócio.

Sob a liderança de Rita Serrano, foram inauguradas 74 salas de atendimento destinadas aos prefeitos em todo o país, cumprindo um compromisso de campanha. A sua demissão marca uma mudança significativa na gestão da Caixa Econômica Federal e sinaliza uma estratégia política do governo de Lula em um momento de ajustes e rearranjos na coalizão de partidos que o apoiam.

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