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Trecho da Transamazônica fica intrafegável após chuvas intensas

Motoristas enfrentam lamaçal em 160 km de rodovia e transporte é paralisado no sudoeste do Pará

O período chuvoso intensificou os problemas na BR-230, a Transamazônica, deixando trechos intrafegáveis na região sudoeste do Pará. Motoristas que transportam cargas e passageiros enfrentam lamaçais e atoleiros ao longo de aproximadamente 160 km, especialmente entre as cidades de Uruará, Placas e Rurópolis.

Entre os quilômetros 194 e 205, considerado um dos pontos mais críticos, até mesmo veículos com tração enfrentam dificuldades. Máquinas, como patrols e tratores, têm sido utilizadas para ajudar motoristas a desatolar veículos, mas o fluxo segue comprometido. Cooperativas de transporte de passageiros suspenderam temporariamente as operações no trecho entre Uruará e Placas, optando por rotas alternativas, como a PA-370, para evitar prejuízos.

Entre km 194 e o km 205, um dos mais críticos, uma patrol e um trator de uma empresa que presta serviço ao Dnit foram usados para ajudar os motoristas — Foto: Inverno Amazônico

Situação crítica

A ausência de asfalto e a falta de manutenção adequada agravam o problema, segundo relatos de motoristas. Com as chuvas intensas, a estrada se transforma em um lamaçal escorregadio, forçando muitos a passar horas – ou até noites inteiras – na tentativa de liberar veículos presos na lama. Alguns motoristas utilizam enxadas para abrir caminho, enquanto outros dependem da ajuda de máquinas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Transamazônica tem trechos intrafegáveis depois de fortes chuvas no fim de semana, na região sudoeste do Pará. — Foto: Inverno na Transamazônica

O impacto afeta diretamente o transporte de cargas e passageiros, com atrasos e prejuízos para os trabalhadores da região. A situação reforça a necessidade de obras de infraestrutura na rodovia, considerada um dos principais corredores logísticos da Amazônia, mas que há décadas sofre com precariedade e abandono.

Motoristas e moradores da área cobram ações emergenciais do governo para garantir condições mínimas de trafegabilidade, especialmente durante o período chuvoso, que deve se intensificar nos próximos meses.

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