O período chuvoso intensificou os problemas na BR-230, a Transamazônica, deixando trechos intrafegáveis na região sudoeste do Pará. Motoristas que transportam cargas e passageiros enfrentam lamaçais e atoleiros ao longo de aproximadamente 160 km, especialmente entre as cidades de Uruará, Placas e Rurópolis.
Entre os quilômetros 194 e 205, considerado um dos pontos mais críticos, até mesmo veículos com tração enfrentam dificuldades. Máquinas, como patrols e tratores, têm sido utilizadas para ajudar motoristas a desatolar veículos, mas o fluxo segue comprometido. Cooperativas de transporte de passageiros suspenderam temporariamente as operações no trecho entre Uruará e Placas, optando por rotas alternativas, como a PA-370, para evitar prejuízos.
Situação crítica
A ausência de asfalto e a falta de manutenção adequada agravam o problema, segundo relatos de motoristas. Com as chuvas intensas, a estrada se transforma em um lamaçal escorregadio, forçando muitos a passar horas – ou até noites inteiras – na tentativa de liberar veículos presos na lama. Alguns motoristas utilizam enxadas para abrir caminho, enquanto outros dependem da ajuda de máquinas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O impacto afeta diretamente o transporte de cargas e passageiros, com atrasos e prejuízos para os trabalhadores da região. A situação reforça a necessidade de obras de infraestrutura na rodovia, considerada um dos principais corredores logísticos da Amazônia, mas que há décadas sofre com precariedade e abandono.
Motoristas e moradores da área cobram ações emergenciais do governo para garantir condições mínimas de trafegabilidade, especialmente durante o período chuvoso, que deve se intensificar nos próximos meses.