
A Justiça Federal decretou, na sexta-feira, dia 8, a prisão preventiva de um homem identificado como “Colômbia”, suspeito de envolvimento nas mortes do indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Philips, no início de junho passado. Segundo a polícia, ele nega participação no crime. A audiência de custódia terminou no início da noite de sexta. Conforme a decisão, “Colômbia”, fica preso até o julgamento.
“Colômbia” chegou ao prédio da Justiça Federal, em Tabatinga, no estado do Amazonas, às 15h10 no horário do município, escoltado por três carros da Polícia Federal (PF) e um veículo com militares do Exército Brasileiro.
A audiência de custódia foi encerrada ainda durante a tarde, com a prisão preventiva em nome dele ser decretada pela Justiça Federal.
Em depoimento à Polícia Federal, na quinta-feira, dia 7, o suspeito disse que tem apenas “relação comercial’ com pescadores da região do Vale do Javari, onde as vítimas foram mortas.
Suspeito nega – Durante a coletiva, realizada na sede da PF-AM na capital, o delegado explicou que Colômbia compareceu espontaneamente à sede da Polícia Federal em Tabatinga, cidade que fica perto de Atalaia do Norte, região onde Bruno e Dom foram mortos.
Segundo informações, ele foi até a delegacia para afirmar que não teria envolvimento com os assassinatos do indigenista e do jornalista.
“Ele nega veementemente qualquer participação no crime [envolvendo o duplo homicídio de Bruno e Dom]”, afirmou o delegado.
No momento da identificação na delegacia da PF, agentes constataram que o documento apresentado por “Colômbia” era falso. Ainda de acordo com fontes da PF, Rubens Villar teria pelo menos mais dois documentos falsos, um do Brasil e outro da Colômbia.
Investigado – Apesar de Colômbia ter sido preso por uso de documento falso, a PF agora investiga se ele tem relação com a pesca ilegal no Vale do Javari, possível motivação dos assassinatos de Bruno e Dom.
O nome de “Colômbia” vem sendo citado por moradores desde o início das investigações do caso. Há relatos de que ele é chefe de uma quadrilha de pesca ilegal na região da Terra Indígena Vale do Javari, que tem parte do território dentro da cidade de Atalaia do Norte.
Amarildo, a família dele e Jeferson são pescadores na região, e há suspeita de que os assassinatos de Bruno e Dom tenham relação direta com a pesca ilegal, já que o indigenista combatia crimes ligados ao meio ambiente no Vale do Javari.
Fonte: G1 Amazonas